Acervo

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Jogos Históricos- Brasileiro 1990- Botafogo 1x0 Flamengo



Jogo realizado no dia 30 de setembro de 1990, válido pela primeira fase do Campeonato Brasileiro. Estava em jogo também a Taça Gérson canhotinha de ouro para o vencedor do clássico. O Botafogo tinha uma vitória, dois empates e quatro derrotas. Era o oitavo colocado do grupo A, com quatro pontos ganhos. o alvinegro foi a campo com Ricardo Cruz, Paulo Roberto, Gilson Jáder. Wilson Gottardo e Renato. Carlos Alberto Santos, Luisinho, Djair e Carlos Alberto Dias. Vivinho e Valdeir. O treinador era Valdir Espinosa.


O Flamengo também não fazia boa campanha. Uma vitória, quatro empates e duas derrotas. Seis pontos ganhos e a sétima colocação do grupo B. A escalação foi assim definida pelo técnico Jair Pereira. Zé Carlos, Josimar, Vitor Hugo, Rogério e Piá. Júnior, Aílton e Nélio. Renato Gaúcho, Gaúcho e Zinho.

Primeiro Tempo

-O clássico começou equilibrado. Em situação ruim no campeonato, as duas equipes jogavam com cautela.O alvinegro tinha mais movimentação do meio pra frente. Seus jogadores não guardavam posição fixa. O rubro-negro era mais estruturado. Renato atuava pela direita. Zinho, na esquerda. Nélio dava suporte a Gaúcho pelo meio.

-Aos 10 minutos, Valdeir recebeu de Luisinho, colocou na frente e foi empurrado por Vitor Hugo. Pênalti bem marcado por Luís Carlos Félix. Depois de dois minutos de muitas reclamações, Paulo Roberto cobrou e Zé Carlos defendeu, caindo no seu canto direito.

-A partida era disputada de intermediária a intermediária. Sem grandes emoções. O Botafogo era melhor distribuído em campo. O Flamengo tinha um problema sério. Zinho e Renato afunilavam pelo meio. Com isso, não havia jogadas pelas pontas. E Gaúcho não tocava na bola. Tanto que o rubro-negro só ameaçou aos 31 minutos. Zinho cobrou escanteio da esquerda. Gaúcho disputou com Gilson Jáder no alto. Aílton pegou o rebote e bateu. A bola entraria, mas desviou no pé de Vivinho e foi pela linha de fundo.

-Aos 34, Renato foi levando a bola sem ser molestado por nenhum marcador. Da entrada da área, o lateral do Botafogo arriscou. Zé Carlos quase se complicou e bateu roupa. A zaga afastou o perigo. Foram duas chances alvinegras contra apenas uma do rubro-negro em uma etapa inicial sem grandes lances para o torcedor.

Segundo Tempo

-O Flamengo voltou melhor. Aos cinco, Nélio tocou para Aílton, que dividiu com Paulo Roberto e perdeu ótima chance de abrir o marcador. A marcação rubro-negra na saída de bola sufocava o alvinegro. Mesmo assim, as chances criadas eram muito poucas. Ou quase inexistentes.

-Espinosa mexeu no seu time aos 23. Saiu Djair e entrou Juninho. Aos 26, Vivinho lançou Valdeir. Ele passou na velocidade por Piá e bateu com perigo para Zé Carlos. Jai Pereira também resolveu usar a sua regra três. Saíram Gaúcho e Zinho e entraram Paulinho Carioca e Marquinhos. Nélio foi jogar de centroavante. Paulinho entrou na esquerda. E Marquinhos deu um pouco mais de liberdade a Júnior. O problema é que Nélio continuou tão isolado na frente quanto Gaúcho estava.

-Aos 38, Carlos Alberto Dias cruzou da esquerda. A bola foi na segunda trave. Zé Carlos e Piá ficaram olhando. Vivinho se antecipou e cabeceou entre o goleiro e a trave esquerda. Botafogo um a zero. Era a terceira vitória do alvinegro sobre o Flamengo naquele ano.

-Aos 41,Renato ganhou de seu xará e foi derrubado dentro da área por Wilson Gottardo. Pênalti não assinalado pelo árbitro. Espinosa tratou de fechar ainda mais seu meio de campo. Aos 43, saiu Vivinho e entrou o volante Pingo.

Espero que tenham gosta de relembrar mais esse jogo histórico do meu acervo. Em breve, voltaremos com mais. Até lá.

Jogos Históricos- Libertadores 99-Vasco 2x4 Palmeiras




Ficha técnica do jogo

Data: 21/04/1999 Local: São Januário Público: 15.215 Árbitro: Wilson de Sousa Mendonça

Cartões amarelos: Nasa, Luizão, Marcos,Júnior Baiano e Roque Júnior. Cartão vermelho: Júnior

Gols: Luizão, aos 3. Paulo Nunes, aos 29. Alex, aos 31 e Ramon, aos 35 do 1 tempo. Alex, aos 2 e Arce, aos 5 do 2 tempo

Vasco: Márcio, Zé Maria, Odvan, Mauro Galvão e Alex Oliveira. Nasa, Paulo Miranda (Luiz Cláudio), Juninho Pernambucano e Ramon (Vágner). Donizete (Zezinho) e Luizão. Técnico: Antônio Lopes

Palmeiras: Marcos, Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior. Galeano (Rogério), César Sampaio, Zinho e Alex (Roque Júnior). Paulo Nunes e Oséas (Evair). Técnico: Luís Felipe Scolari

O Jogo, lance a lance


-No primeiro confronto, no Parque Antártica, houve empate de 1x1. Nova igualdade em São Januário e a vaga para as quartas de finais seria decidida nos pênaltis. Quem passar, enfrenta o Corinthians.

-O início do Vasco não poderia ser melhor. Aos três minutos, Donizete fez a jogada pela esquerda. Achou Luizão. O atacante bateu forte, de perna esquerda, sem deixar a bola cair. Marcos demorou a pular e não alcançou. Um a zero.

-Aos seis, Donizete, agora na direita, passou por Cléber a bateu. Marcos bateu roupa e quase Juninho Pernambucano consegue aproveitar a sobra. Nos primeiros quinze minutos, foram quatro finalizações do time carioca contra apenas uma do alviverde paulista. Aos 18, Júnior recebeu cartão amarelo depois de puxar a camisa de Juninho Pernambucano e parar o contra ataque vascaíno. Um minuto depois Donizete teve a chance de ampliar o marcador. Ele recebeu ótimo passe de Alex Oliveira, ficou cara a cara com Marcos. Mas titubeou e permitiu que Cléber se recuperasse e conseguisse prensar o chute, junto com a boa e corajosa saída de Marcos.

-Em desvantagem, o Palmeiras teve que mudar seu estilo e propor o jogo, buscar o resultado. E como tinha qualidade pra fazer isso. Principalmente pelos lados do campo, na direita com Arce e Paulo Nunes. Na esquerda com Zinho e Júnior. Sempre levando vantagem em cima de Zé Maria e Alex Miranda. Aos 29, chegou ao empate. Falta cobrada para Júnior na esquerda. Ele bateu rasteiro para a área. A bola passou por quase todo mundo. Menos por Paulo Nunes, que na segunda trave escorou e empatou a partida. Um a um.

-Aos 31, contra ataque de almanaque do Palmeiras. Zinho esticou para Alex. Ele avançou, tabelou com Paulo Nunes e bateu rasteiro. Márcio pulou, mas o tiro passou por baixo do seu braço. Falha do goleiro. Verdão vira vira, dois a um.

-Aos 35, Alex Oliveira recebeu bateu forte, da intermediária. Marcos espalmou para escanteio. Ramon cobrou de forma venenosa, fechada. Galeano desviou e acabou colocando nas próprias redes. O árbitro deu gol olímpico de Ramon. Tudo igual novamente, dois a dois.

-Aos 47, Alex Oliveira apareceu na meia direita e finalizou. O tiro saiu raspando a trave esquerda de Marcos na derradeira chance dos 45 minutos iniciais.

-Foram seis oportunidades de gol do time da casa contra duas do visitante no primeiro tempo. No marcador, no entanto, placar igualado.

Segundo Tempo

-O Palmeiras voltou do intervalo com Rogério no lugar do já amarelado Galeano. Deu certo. Aos dois minutos, Rogério recuperou uma bola no campo de ataque e abriu para Paulo Nunes. Recebeu de volta e cruzou. Alex se antecipou a Zé Maria e, de sola, empurrou para o fundo das redes. Três a dois Palmeiras.

-Aos cinco, falta no lado esquerdo do ataque palmeirense. Arce bate direto. Márcio demora a reagir. A bola bate em suam mão, na trave e entra. Verdão quatro a dois. E muito próximo da classificação.

-Aos nove, Luizão recebeu na meia esquerda, derivou para o meio a bateu. Marcos desviou para escanteio. Imediatamente, Lopes mexeu no time. Tirou Ramon e Donizete e pôs Vágner e Zezinho em campo.

-O desenho do jogo era claro. O Vasco no desespero, indo com tudo a frente. E o Palmeiras fechado, buscando os contra ataques e fazendo o tempo passar. Aos 20, Felipão tirou Oséas e colocou Evair em seu lugar. Aos 21, Juninho Pernambucano cobrou falta e Marcos defendeu com imensa dificuldade.

-A pressão do Vasco era grande. Aos 23, Zezinho deu o drible da vaca em Júnior. Foi a linha de fundo e cruzou. A bola ia na cabeça de Luizão. Mas havia uma mão salvadora de Marcos para desviar o centro e salvar o alviverde. Aos 27, Lopes tirou o volante Paulo Miranda e colocou o atacante Luiz Cláudio.

-Aos 28, Zé Maria fez um esforço sobrenatural para evitar que a bola saísse pela linha d efundo e conseguiu cruzar. Luizão testou com muito perigo para a meta de Marcos. Imediatamente, Scolari tirou Alex e pôs Roque Júnior como volante a frente da zaga para fechar ainda mais o meio de campo. Aos 35, Júnior foi expulso depois de receber os segundo cartão amarelo por falta em Zezinho. Scolari manda Zinho para a lateral esquerda para os últimos dez minutos de jogo. Aos 38, Luizão sofre falta dentro da meia lua. Alex Oliveira cobra e a bola tira tinta do travessão de Marcos.

-Aos 41, Evair girou em cima de Odvan com enorme facilidade e achou Paulo Nunes solto pela meia esquerda. O diabo loiro entrou na área e tocou na saída de Márcio. O chute saiu a esquerda da meta vascaína.

-O Palmeiras avançava, depois de um grande jogo. O Vasco lutou até o fim. Mas não teve forças para reverter o quadro. Assim, o atual campeão da Libertadores estava eliminado. A américa teria novo rei. E a coroa alviverde começou a ser forjada nesse 21 de Abril de 1999.

Espero que tenham gostado. Em breve, mais jogos históricos descritos em detalhes aqui no blog. Até lá.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

No sufoco- Atlético-go 1x2 Flamengo


Parecia que o Flamengo era o lanterna do campeonato brasileiro. E que o Atlético era um dos candidatos ao título deste ano. Com dez minutos do segundo tempo, o dragão tinha finalizado 12 vezes contra duas do rubro-negro carioca. Que só não eliminou um dos favoritos ao título porque faltou qualidade técnica.

Mas sobrou uma vontade que não havia sido vista ainda. Pelo menos não nas duas primeiras rodadas. O time goiano dá sinais de que pode tentar brigar contra a eminente ameaça de rebaixamento.

Para desespero do torcedor de Goiânia, Zé Ricardo não pôs Vinícius Júnior em campo. Tudo bem. O time do Flamengo parece que ficou inteiro na concentração. Passou para as quartas de finais. Mas terá que melhorar muito o rendimento para esquecer a tragédia da Libertadores.

Veja a análise mais completa no meu canal do youtube. Aproveite e deixe seu like e se inscreva lá no canal.https://www.youtube.com/watch?v=LtksEfn_E3I

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Jogos de Quarta- 10/05/2017- Fluminense, Santos, Chape


Liverpool 1x0 Fluminense

-Um início de jogo catastrófico do tricolor. Acuado, sem inspiração e intensidade, o flu foi envolvido por um adversário inferior tecnicamente, mas voluntarioso e empolgado com a presença do torcedor. Sem conseguir chegar ao campo de ataque por conta dos inúmeros erros de passe, o time carioca sofreu na defesa. E acabou levando um gol cedo. O que aumentou ainda mais a temperatura do Liverpool na fria capital uruguaia. Conforme o tempo foi passando, a empolgação foi passando. E o Fluminense até saiu um pouco mais para o jogo. Porém, esbarrou novamente na atuação muito ruim de alguns (muitos) de seus jogadores.

-Bastou um pouco mais de bola no chão e transpiração para o Fluminense melhorar na etapa final. Criou algumas chances. Não levou tantos sustos atrás. Mesmo assim foi sofrido demais. Além da conta para o potencial que tem o jovem time de Abel Braga. O mais pessimista dirá que foi o quarto jogo seguido sem vitória (a terceira derrota seguida). Eu prefiro acreditar que a equipe passou por seus batismos de fogo. E agora, mais experiente, pode atingir ótimas coisas nessa temporada.

Paysandu 1x3 Santos

-O jogo começou mais equilibrado do que se esperava. O Santos tocava a bola e tentava cadenciar a velocidade e administrar o cansaço de uma longa viagem. Ainda mais porque o campeonato brasileiro se aproxima. A exceção era Bruno Henrique. Aberto na esquerda e vivendo ótima fase, sempre que recebia, tratava de acelerar as coisas. O papão não é brilhante tecnicamente. Mas apertou o quanto pode. E chegou a ter duas excelentes chances de abrir o placar e diminuir sua desvantagem. Faltou qualidade na hora de decidir. E ao se abrir um pouco mais deu espaço a jogadores mortais. Lucas Lima fez brilhante passo longo. Vitor Bueno enxergou bem o companheiro livre e Bruno Henrique, sempre ele, empurrou para as redes. A vaga nas quartas de final estava decidida.

-A etapa final serviu para comprovar as virtudes e deficiências do Santos. As jogadas de Vitor Bueno pela direita e o cada vez melhor Bruno Henrique foram as coisas boas. De ruim, os já conhecidos problemas com a improvisação de jogadores na lateral esquerda. Ontem, foi Jean Mota. E por seu setor o papão criou as melhores oportunidades. Além do lance do gol de Diogo Oliveira.


-Dorival aproveitou o resultado e descansou seus principais jogadores. O cinco a um no agregado foi absolutamente normal para a diferença entre as duas equipes. Agora, cada uma se concentra em seus novos objetivos. O peixe é candidato a um boa campanha no brasileiro e na Libertadores. e está entre os oito melhores da Copa do Brasil. Já o papão, a princípio, deve pensar em se manter na série B. Ou no máximo no meio de tabela.

Atlético Nacional 4x1 Chapecoense

-A emoção sempre irá tomar conta deste jogo. Por tudo que ocorreu em novembro do ano passado. Não é e nunca será apenas futebol. Pelas circunstâncias da primeira partida, o time colombiano se apresentou preso, nervoso. Ontem, jogou de forma leve, solta

-A vantagem da chape foi embora logo no primeiro minuto numa falha do goleiro Artur Moraes. E antes dos quinze, já estava dois a zero. Mesmo assim, Vágner Mancini não expôs o time. Até porque falta qualidade ao elenco catarinense. Sim, é difícil se refazer da tragédia, reconstruir o elenco e ainda ser competitivo.Faltou incomodar o jogo de troca de passes do Atlético Nacional.No geral, o renascido campeão da Libertadores do ano passado foi superior e teve chances de aumentar o marcador. Não conseguiu. E deu uma sobrevida a Chapecoense.

-A entrada de Apodi na lateral direita, passando João Pedro para o meio de campo poderia ter dado resultado se Henriquez não tivesse aparecido do nada para salvar um gol certo de Arthur Caíque logo no recomeço da partida. A chape se abria. E não tinha outro jeito. Com mais jogadores de velocidade, o time passou a incomodar. E a criar. Faltou o capricho na finalização. Sentindo o bom momento, o Nacional passou a cadenciar ainda mais o jogo. Tocou a bola com paciência, esfriou a chape e buscou as brechas na marcação. Até Ibaurguen fazer gato e sapato de Apodi.Na sequência, gol de Moreno. O golpe de misericórdia veio com o chute errado de Ibarguen que encobriu Arthur Moraes. A Chapecoense não merecia tanto. Até pelo segundo tempo competitivo que fez. Nem mesmo o gol de honra de Túlio de Melo serviu de alento. A Chape estava batida. Mas caiu de pé. Lutando. Bravo como índio Condá.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Vitória dramática- Santos 3x2 Independiente Santa Fé


Se existe perfeição no futebol, o Santos chegou perto dela nos primeiros dez minutos da partida. Adiantou a marcação. Marcou. Trocou passes. E fez um gol. Aliás, numa trapalhada de Mosquera digna de Os Trapalhões.Com a vantagem, diminuiu a intensidade. O Santa Fé praticamente só atacava pela direita. Explorando Mateus, o lateral improvisado. De tanto cometer faltas nas imediações da grande área, acabou levando dois tentos. Por sorte, era noite de acabar com jejuns. Ricardo Oliveira já havia terminado com o seu. Vitor Bueno também. E num primeiro tempo que poderia vencer com alguma facilidade, saiu com um dois a dois. Apesar da boa atuação de Lucas Lima.

No intervalo, Dorival Júnior alterou seu time. Sacou o inseguro Mateus e improvisou o atacante Copete pela lateral esquerdo. Melhorou um pouco. O que não melhorou foi o espírito do peixe. Afobado. Nervoso. Tenso. Atacava ou ao menos tentava de qualquer forma. Sem muita organização. O Independiente foi superior durante 30 minutos, quando sentiu que poderia ter um resultado positivo. Teve mais posse de bola. Finalizou mais. Criou as melhores oportunidades. No terço final da partida, recuou novamente, pensando em garantir o empate que veio ao Brasil buscar. Mas o castigo veio a cavalo marinho já que chovia muito no Pacaembu. Em uma jogada de bola parada. Um gol de zagueiros. David Braz escorou. Lucas Veríssimo completou para as redes. Três a dois. A peleja ficou aberta. Poderia ter saído mais um tento para qualquer um dos lados. Felizmente, não saiu nenhum.

A vitória foi fundamental para o Santos. Que volta a liderança do grupo e que pode ir com tranquilidade para a altitude de La Paz. Pode até tropeçar diante do The Strongest. Não pela força do time boliviano. Muito mais por ter que subir o morro. E decide em casa contra o lanterna Sporting Boys. Se a bola do time melhorar pode ganhar os dois compromissos. E entrar forte no mata mata. Caso contrário, será sempre um drama parecido com o de hoje.

Sem classificação antecipada. E sem bom futebol- Deportes Iquique 2x1 Grêmio



No duelo entre os dois melhores ataques da Libertadores, deu Deportes Iquique. Com dois gols de bola parada. como o futebol é fascinante. Renato Portaluppi manteve o 4-2-3-1 mais ofensivo do Grêmio. Michel e Jaílson como volantes. Ramiro pela direita. Luan centralizado. Pedro Rocha na esquerda. E o artilheiro Barrios na referência. E durante 20 minutos, o tricolor mandou na partida. Trocou passes, atacou e abriu o placar em jogada ensaiada de escanteio.

O problema começou dois minutos depois. O fraco árbitro argentino assinalou um pênalti inexistente de Ramiro. O Iquique chegou a igualdade e passou a comandar as ações. Não foi brilhante. Até porque divide as atenções com o campeonato chileno. Mas o tricolor sentiu demais o baque.

O gol de falta de Torres logo aos três minutos da etapa complementar mandou por água abaixo qualquer plano que Renato tenha traçado no intervalo. Ele tentou modificar a equipe. Sacou Jaílson e pôs Fernandinho na direita, recuando Ramiro para a linha de dois volantes. Não funcionou. Sentindo que perdera o controle da meia cancha, ele tirou Pedro Rocha, sumido na partida e colocou o volante Arthur para armar pelo lado direito.

O Grêmio melhorou um pouco. Mas não o suficiente para empatar e conseguir a classificação antecipada. O passaporte para a próxima fase virá em Porto Alegre, diante do Zamora. Não tenho dúvidas. Mas o futebol apresentado pelo imortal tricolor precisa melhorar rapidamente. E muito.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Novamente líder- Flamengo 3x1 Universidad Catolica


O Maracanã estava lindo. E os primeiros 15 minutos do Flamengo foram praticamente perfeitos. Pressão. Finalizações. Cruzamentos. Nenhum passe errado sequer. Só não saiu o gol. Defeito que o rubro--negro teima em não corrigir. Cria muito. E concretiza poucas oportunidades. O caminho era pelo lado direito de ataque. Com Pará, Gabriel e Arão triangulando em cima do improvisado lateral chileno. Mas a Catolica também jogava bola. E também sentiu a tensão dos torcedores e da equipe brasileira. Depois dos 20 minutos resolveu sair um pouco para jogar. Conhecer a outra metade do campo do ex maior do mundo. Quase abriu o marcador quando a defesa do mengo marcou infantilmente em linha. Muralha salvou. Na frente, Guerrero queria jogo. Atuava por ele e pelo ausente Diego. Não perdeu nenhuma jogada. Mas não deu sorte nas finalizações.

Zé Ricardo voltou do intervalo com Rodinei no lugar do apagado Mancuello. Queria mais velocidade ainda pelo lado direito. Gabriel centralizou com Arão. Éverton seguiu aberto na esquerda. Logo aos cinco minutos, a sorte sorriu para o Flamengo. Guerrero cobrou falta. A bola bateu em Arão e sobrou para o predestinado Rodinei acertar o alvo. De canhota.

Sem ter o que perder, a Catolica ficou mais ofensiva. E sempre ameaçando pela esquerda, nas costas de Trauco. Foi por ali que Fuenzalida centrou. Vaz não cortou e Santiago silva, sempre ele, empatou. O estádio ficou tenso novamente. Até que Guerrero recebeu de Pará e bateu cruzado para terminar com o caô. Entregues, os chilenos não ameaçaram mais. E no fim, Trauco fez mais um, mesmo fazendo tudo errado na jogada.

O agora líder Flamengo duela na última rodada em Buenos Aires, diante do renascido San Lorenzo. Terá os espaços que gosta para contra atacar. A vantagem do empate e até mesmo a possibilidade de sair classificado mesmo com a derrota. De qualquer forma, é bom o torcedor começar a preparar o seu coração. Será mais uma noite tensa para a maior torcida do país.

Abaixo, o link para a Vídeo Análise da partida no meu canal do Youtube. Se puder dar um like, compartilhar e se inscrever no canal eu agradeceria muito.

https://www.youtube.com/watch?v=yncbrk4rkcQ

Treino de luxo- Sport Boys 1x5 Atlético-mg



Foi um treinamento de luxo. Ou nem isso. Já que com certeza um coletivo teria sido mais produtivo. E sem o desgaste da viagem. A goleada veio naturalmente. A classificação ficou muito bem encaminhada. O galo conseguiu cumprir com todos seus objetivos. E ainda poupou algumas peças chave.

Roger Machado mandou a campo um 4-1-4-1. Felipe Santana na zaga. Adílson entre as linhas. Elias e Rafael Carioca por dentro. Otero pela direita. Cazares centralizado. Rafael Moura na referência. Diante de um adversário fraco, que nem em seu estádio jogou e não pode contar com a altitude, ficou fácil. No primeiro minuto, bola na trave. Com 15, dois a zero. Desconcentrados, os jogadores começaram a pensar no Cruzeiro. Normal. O que não era normal foi oferecer a bola para os bolivianos. Mesmo relutantes, eles agradeceram e aceitaram o convite. Diminuíram e poderiam ter complicado uma vitória tranquila.

Na etapa final, o galo voltou a carga ofensiva. Elias e Otero, este num magistral frago do goleiro Arias, aumentaram em 18 minutos. Felizmente, o erro do primeiro tempo não se repetiu. Claro que o Atlético tirou o pé do acelerador. Mas ficou mais com a bola. Controlou o jogo.E não precisou utilizar nenhum dos titulares que estavam no banco. Planejamento perfeito. No finalzinho, Cazares ainda marcou mais um. Ficou ainda mais justo.

Os três pontos eram esperados. A goleada importante para o confronto diante dos argentinos do Godoy Cruz na briga pela liderança da chave. Porém, o mais importante de tudo foi dar um refresco para os principais atletas. Afinal, domingo tem final do estadual contra o maior rival.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Mudança perigosa- Botafogo 0x2 Barcelona


O clima estava ótimo. O estádio cheio. O Botafogo, primeiro time brasileiro a estrear na competição, parecia pronto para ser o primeiro classificado ao mata-mata. A entrada em campo foi arrepiante! Sem Bruno Silva, suspenso, Jair Ventura preferiu abrir mais seu time. Escalou um 4-2-3-1. Aírton e João Paulo como volantes. Pimpão e Guilherme pelos lados. Camilo centralizado. Sassá na referência.

Não deu certo. Não é característica do alvinegro propor o jogo, agredir. Sem a consistência defensiva dos três volantes, a cobertura do lado direito não funcionou. Emerson Santos não é lateral. Carli é lento para sair pros lados. E não é bom no um contra um. O Barcelona escalou Tito Valencia pela esquerda. Aleman no meio. Ayovi (bem assessorado pelo lateral esquerdo Pineida). Um 4-2-3-1. E foi pelo lado direito de defesa do Botafogo que a equipe equatoriana ganhou o jogo.

No primeiro gol, Emerson Santos estava mal posicionado. E Carli não acompanhou Ayovi na velocidade. No segundo, novamente Emerson não estava lá. Com a vantagem, o Barça se posicionou mais atrás. Mas sempre a espera do contra ataque mortal. Foram onze finalizações contra apenas seis do Botafogo. Alguns jogadores estiveram abaixo da média. Pimpão, Guilherme, Sassá.

O alvinegro ainda deu azar. Camilo sentiu a coxa e teve que ser substituído no intervalo. Roger entrou em seu lugar. E nem Jair estava em uma noite inspirada. Ele não foi atuar como centroavante. Se posicionou atrás de Sassá. A criação do time de General Severiano ficou reduzida a praticamente zero. Apenas cruzamentos na área foram finalizados com perigo. Mas em todos o bom, mas espalhafatoso goleiro Banguera estava bem colocado.

A classificação antecipada acabou ficando com o Barcelona. O alvinegro ainda está bem próximo dela. Basta uma vitória em dois jogos. Mas as lições de hoje tem que ser aprendidas. Não se muda a característica de uma equipe do dia para a noite. Um time mais equilibrado defensivamente talvez tivesse obtido um resultado melhor. Não dá pra se querer mais do que se pode ter. O time de melhor contra ataque e mais efetivo da Libertadores não pode se abrir a esse ponto.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Obrigação cumprida- Grêmio 4x1 Guarani-par


Havia uma certa desconfiança no ar depois da eliminação precoce no Campeonato Gaúcho. Talvez por isso Renato Portaluppi tenha escalado um Grêmio mais ofensivo. Ao menos no papel. Na prática, era o 4-2-3-1 que estamos habituados a ver. Jaílson (hoje na vaga de Maicon) e Ramiro eram os volantes. Luan pela direita. Pedro Rocha pela esquerda. Bolaños como meia centralizado. E Lucas Barrios no comando do ataque.

Se houve algo que funcionou no tricolor hoje foi a eficiência. No primeiro ataque, aos sete minutos, gol de Barrios. Mas o Guarani incomodava. Marcava alto. Dificultava a saída de bola.Logo após abrir o marcador Bolaños sentiu uma lesão muscular. Renato tratou de colocar o jovem Arthur aberto pela direita. Para ser um secretário de Léo Moura e dar um pé na marcação por aquele setor. Alguns jogadores como Luan estavam numa noite infeliz. Não fez diferença. Como não faria o pênalti desperdiçado pelo ótimo meia gremista. Foram quatro oportunidades criadas. E três convertidas. Setenta e cinco por cento de aproveitamento. Até mesmo o gol do time paraguaio foi feito pelo imortal. Léo Moura deu azar e de peito desviou o centro da direita. A expulsão de Camacho aos quarenta e seis minutos e o gol de Geromel, dois minutos depois praticamente mataram o jogo.

Sim, porque quase não houve futebol na etapa complementar. A equipe paraguaia só queria saber de se defender para não prejudicar seu saldo de gols (que pode ser um critério importante de desempate na luta pela classificação). O Grêmio mesmo com a vantagem numérica tocava a bola para lá e para cá. Não tinha profundidade. Ou não se importava em não ter. Nas poucas vezes em que acelerou o jogo criou problemas para a retaguarda paraguaia. Lincoln, que substituíra Luan, achou Barrios livre aos 33. O atacante completou seu hat trick. Em posição irregular, diga-se de passagem. Mas era um lance difícil para o auxiliar. Questão de centímetros.

O tricolor cumpriu sua obrigação. Goleou e encaminhou o primeiro lugar na chave. Porém, o torcedor sabe que vem faltando algo ao time. Ainda há tempo de melhorar. Para que o Grêmio possa chegar o mais longe que puder. E quem sabe mais uma vez conquistar a América.

A esperança é verde. E ainda resiste. Nacional 3x0 Chapecoense


O empate seria um bom resultado para a Chapecoense. Ainda mais enfrentando um clube da tradição do Nacional, fora de casa. Por isso, Vágner Mancini montou o seu time com três zagueiros. Um 5-3-2 para defender. Um 3-4-3 ofensivamente. A ideia era dar liberdade aos alas João Pedro e Reinaldo. Não funcionou. Até porque o "armário" Silveira jogava nas costas de Reinaldo. A chape pouco teve a bola no campo de ataque. Pouco finalizou. Em suma, não jogou. Até equilibrou a posse de bola. Mas eram toques para o lado e para trás. Sem profundidade ou eficiência. Sair derrotado só por um a zero no primeiro tempo foi lucro.

Todos esperavam uma nova postura depois do intervalo. Não houve mudança. Seja de atitude, seja de posicionamento tático. Para piorar as coisas, erros individuais aconteceram. Um time que joga com três zagueiros não pode tomar gol de cruzamento frontal (como ocorreu no segundo gol uruguaio). E ainda houve o destempero. Duas expulsões. E mais um gol sofrido.

A situação só não se complicou ainda mais porque Zulia e Lanús empataram no outro jogo. A Chape terá que ser mais heroica do que nunca se quiser avançar de fase. Precisa bater o campeão argentino em Buenos Aires e o time venezuelano, em casa. Difícil. Mas não impossível. Até porque duvido que o time tenha uma outra jornada tão infeliz como a dessa noite.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Galo na decisão. Atlético-mg 3x0 URT


Deu a lógica. Com um time superior ao valente adversário do interior, semifinalista pelo segundo ano seguido, o Atlético conseguiu impor sua maior categoria. Porém, o início não foi nada fácil. Escalado no 4-2-3-1, com Rafael Carioca e Elias como volantes. Marlone na esquerda. Robinho e Maicossuel revezando entre a direita e o centro e Rafael Moura mais uma vez substituindo o artilheiro Fred. O galo pressionou nos primeiros quinze minutos. Contudo, não criou uma oportunidade sequer. Até porque finalizava pouco. Necessitando da vitória a URT passou a sair mais para o jogo. Chegou a equilibrar a peleja. Mas aos 36, Marcos Rocha cruzou na área e o He-Man testou para abrir o placar e os caminhos. Mesmo com a vantagem o torcedor deve ter ficado preocupado com o pouco futebol apresentado na etapa inicial.

Na volta do intervalo tudo mudou. A URT tentou sair. E deu os espaços que o galo não tinha até então. A equipe de Roger Machado criou chance atrás de chance. Foram nove nos 45 minutos finais. E marcou por duas vezes. Aos 12, de pênalti, com Robinho. E aos 45, com Otero em mais uma assistência de Marcos Rocha.

Satisfeita com sua campanha e sabendo que não seria capaz de virar o marcador, a URT se entregou depois de sofrer o segundo gol. O que não desmerece em nada a ótima campanha do time. Já o Atlético ganhou a confiança necessária para uma semana duríssima. No meio de semana precisa vencer o Libertad pela Libertadores. E no domingo, enfrenta o Cruzeiro, grande rival, na primeira partida da final do estadual. Sem Rafael Moura e possivelmente ainda sem Fred. Por isso, é favorito na quarta. Mas deve sofrer diante de um rival que já o derrotou duas vezes nessa temporada. Fortes emoções garantidas em Belo Horizonte nesses próximos sete dias.

Caxias 1x0 Inter- Foi por pouco. Mas deu colorado


Foi sofrido. Talvez mais do que o necessário. Mas o Inter garantiu sua passagem para a decisão do Campeonato gaúcho. Ontem, em Caxias, o colorado entrou num 4-4-2. Dourado e Anselmo por dentro. Edenílson pela direita. D'Alessandro pela esquerda. Nico López e Brener na frente. Mesmo esquema tático do adversário. Com mais posse de bola. E menos chances criadas.

Sim, o time de Zago sofreu com a marcação do Caxias. Tomou um gol aos 26 minutos que anulou a vantagem conquistada no Beira-Rio. Que fez o coração do torcedor gelar quando Marcelo Lomba sofreu lesão muscular logo no começo do confronto. Talvez nem tanto pela ausência dele, em ótima fase. E muito mais pela presença do terceiro reserva em um jogo decisivo. Que teve ares de drama quando o árbitro assinalou pênalti (no meu modo de ver inexistente) de Leo Ortiz. Ainda mais com a expulsão de Brener. Mas os deuses eram colorados. Keiler defendeu a cobrança. E garantiu uma sobrevida até a decisão por pênaltis.

A partida que já era tensa esquentou de vez. Entradas ríspidas. Discussões de lado a lado. Confusão entre médico e treinador. Clima quente demais na já fria serra gaúcha. Nas cobranças da marca do cal, o Inter mostrou maior tranquilidade e categoria. E contou novamente com Keiler, o novo herói do Beira-Rio. Parabéns ao Inter. Finalista que precisa de afirmação nesse ano de reconstrução e retomada de orgulho. Chega com um ligeiro favoritismo diante do ótimo Novo Hamburgo. E aguarda pra saber quem será o novo integrante do monte olimpo colorado.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Podia dar qualquer um. Deu Colorado


O mais igual dos confrontos dessa fase da Copa do Brasil. Em Porto Alegre, sete chances gaúchas contra cinco paulistas. Na Arena e tendo marcado um gol fora de casa, o favoritismo era do timão. Fabio Carrile manteve o 4-1-4-1. Pelo lado colorado, Antonio Carlos Zago preferiu reforçar a marcação. Escalou Dourado, Anselmo e Felipe Gutierrez no 4-3-2-1. Roberson e Nico Lopez eram responsáveis por encostar no artilheiro Brener.

Toda a estratégia do Inter foi por água abaixo logo aos sete minutos de jogo. Maycon, cada vez mais solto e melhor marcou depois de desvio de Jô. Com a vantagem, o Corinthians passou a oferecer ainda mais a bola ao adversário. E buscava ser letal nos contra ataques. A estratégia poderia ter funcionado se Jô, Rodriguinho e Romero tivessem aproveitado as chances. Quando não era a falta de pontaria que atrapalhava, Lomba tratava de pegar até pensamento.

Na etapa final o Inter adiantou ainda mais seu time. Deu espaços ao timão. Mas também criou. Foram quatro chances pra cada lado. Só uma achou o seu destino. O chute de Nico López que desviou em Fágner e entrou aos 27. Com a possibilidade cada vez maior de decisão por pênaltis, os times se soltaram de vez. O fim de jogo foi alucinante. Claiton teve a classificação aos seus pés, dentro da pequena área aos 43. Isolou. Dois minutos depois, Lomba parou Jô. Mais uma volta do ponteiro e Carlos fez Cássio ser o herói do Corinthians, como já fora muitas vezes no passado.

Não teve jeito. Nos pênaltis, deu colorado. Como poderia ter dado timão. No confronto de 180 minutos foram 12 oportunidades de gol criadas por cada lado. Equilíbrio mais do que evidente. Mas alguém tinha que avançar. Passou quem mais necessitava de afirmação nesse momento. O que não diminui o que a equipe de Carrile vem evoluindo. Falta só acertar a pontaria.

No gramado encharcado, o galo não voou- Libertad 1x0 Atlético-mg


Caiu um dilúvio antes e durante quase toda a partida. O gramado encharcado prejudicou muito mais a equipe mineira e seu toque refinado. Escalado no seu tradicional 4-2-3-1, com Rafael Carioca e Elias como volantes. Otero pela direita. Danilo pela esquerda. Robinho centralizado. E Fred, vivendo ótima fase, no comando do ataque. Porém, sem conseguir trocar passes, o galo acabou cedendo ao adversário, mais físico e acostumado as condições do relvado o controle do jogo. Mesmo que isso tenha se dado primordialmente através de ligação direta e bolas cruzadas. O Libertad pressionou. Foi ajudado pelos erros do Atlético. Na primeira jogada mais trabalhada, saiu o gol de Cardozo, aos 26 minutos. Na prática, a única oportunidade clara de gol do primeiro tempo.

O galo voltou do intervalo com Rafael Moura no lugar de Danilo. Se reorganizou no 4-2-2-2. Robinho deixou o centro e foi atuar aberto pela esquerda. A equipe passou a jogar mais adiantada. Mas insistiu demais no abafa. Roger Machado tentou corrigir esse defeito fazendo entrar Maicossuel no lugar de Fred. voltou ao 4-2-3-1 inicial. Depois, trocou Otero por Cazares. Dois jogadores leves, de condução de bola. Não funcionou. Não nas condições cada vez piores do gramado.

O Libertad seguiu aproveitando os espaços. Especialmente os deixados a frente da primeira linha defensiva. Elias e Rafael Carioca saíam para o jogo ao mesmo tempo. E deixavam um buraco nas suas costas. Foram mais três chances de aumentar o marcador. Contra apenas uma do Atlético. Aos 41 minutos. Muito pouco para quem entrou como favorito.

De qualquer forma, o resultado não é definitivo. O galo segue dependendo apenas dele. O que deve estar deixando os torcedores de cabelos em pé é o nível de atuação dos últimos jogos. Elenco pra jogar mais e sofrer muito menos, o time tem. Resta saber se isso irá acontecer em breve.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Jogos do fim de Semana- 15 e 16/04 Parte 2- Campeonato Gaúcho


Inter 1x0 Caxias

Disposto a acabar com a semifinal logo no primeiro jogo o colorado foi com tudo para cima. Escalado em uma variação de 4-1-4-1, 4-2-3-1 e 4-4-2, o Inter mandou na etapa inicial. com marcação adiantada, sufocando o adversário e criando chances. Especialmente nas bolas cruzadas. Diante de tamanha intensidade a vantagem mínima foi muito pouco para quem criou sete oportunidades claras de gol.

Entretanto, o segundo tempo foi diferente. O Inter pareceu sentir o desgaste dos seguidos e decisivos confrontos. Recuou e afrouxou a marcação. O Caxias sentindo que o bicho não era tão feio assim aceitou o convite e saiu pro jogo.Ainda mais depois da justa expulsão do lateral William, aos 21 minutos. Teve um gol bem anulado e criou pelo menos três ótimas oportunidades de empatar a peleja. No fim, preferiu segurar o resultado. Mesmo com um jogador a mais. Apostando na força de decidir em casa.

A vaga para a decisão está em aberto. Tudo pode acontecer em Caxias do Sul. O Inter tem mais camisa e mais técnica. Mas pelo que mostrou, especialmente no segundo tempo, não sei se terá as pernas para encarar mais uma "final". E aí, nesse quesito, pode estar a chave para chegar a decisão do Campeonato Gaúcho.

Grêmio 1x1 Novo Hamburgo

O melhor time do campeonato mostrou porque teve tanto êxito em sua campanha. Não estou falando do Grêmio. E sim do Novo Hamburgo. Compacto, com as linhas próximas e muita doação a equipe anulou o tricolor durante todo o primeiro tempo.Claro que também abusou das faltas e truncou demais a partida. E conseguiu o que queria. Tanto que os comandados de Renato Portaluppi só criaram uma mísera oportunidade de gol. Muito pouco para quem precisava da vitória para reverter a vantagem do adversário.

Vendo o tempo passar, o Grêmio contou com uma ótima jogada individual (uma das poucas maneiras de se furar um bloqueio tão bem feito) de Marcelo Oliveira. Ramiro, aparecendo pra finalizar como se fora centroavante, marcou. Não deu nem pra comemorar. Ou para passar a controlar mais o jogo. Aos 11, Juninho pegou uma sobra da zaga e soltou uma bomba para igualar o marcador.

Depois disso o tricolor murchou. Renato até tentou tornar o time mais ofensivo sacando Léo Moura e colocando Barrios em campo. Não adiantou. Aos poucos, o Novo Hamburgo se arriscou mais. Em um mesmo lance perdeu duas oportunidades claras. Ao todo foram quatro para o tricolor e três para o líder da fase de classificação.

O Novo Hamburgo sai fortalecido de Porto Alegre. Decide em casa e com o gol qualificado tem a vantagem de poder empatar em zero a zero. Jogo sob medida para seu forte bloqueio defensivo. Renato irá precisar pensar em alternativas para aumentar o repertório ofensivo. Caso contrário, pode e deve ser eliminado na fase semifinal.

domingo, 16 de abril de 2017

Jogos do Fim de Semana- 15 e 16/04 Parte 1 Rio de Janeiro e São Paulo


Vasco 2x0 Botafogo

Vasco campeão da Taça Rio 2017

Uma decisão de Taça Rio esvaziada pela mente imaginativa e perversa dos dirigentes cariocas. Tanto é verdade que o Botafogo entrou em campo com um time praticamente reserva. A exceção foi o volante Bruno Silva. Jair Ventura escalou seus comandados num 4-3-2-1. Mateus Fernandes, Dudu Cearense e Bruno Silva (este saindo mais para o jogo) eram os volantes. Leandrinho centralizado e Guilherme caindo pela esquerda, os meias. Sassá, a referência. Já Milton Mendes mandou o Vasco no seu já tradicional 4-2-3-1. Jean e Douglas na cabeça da área. Pikachu ma direita. Andrezinho na esquerda. Nenê centralizado. Quase como um segundo atacante. Na frente, Luís Fabiano, amparado por um efeito suspensivo.

O primeiro tempo foi todo do time da estrela solitária. Foram três chances criadas. Todas em cruzamentos para a área. O time tinha a bola, passagem do lateral Gilson que combinava com a velocidade de Guilherme. Dessa forma, Gilberto, lateral apoiador do Vasco ficou restrito a marcação. Não houve uma oportunidade sequer para o cruzmaltino nos primeiros 45 minutos.

Na etapa final, a equipe de São Januário adiantou suas linhas de marcação. Começou a ficar mais com a bola. Mesmo sem muita ideia do que fazer com ela. Gilberto se soltou mais e começou a apoiar. A maré parecia ter mudado. Tudo ficou ainda melhor quando Marcelo foi expulso aos 18 minutos. Imediatamente Milton Mendes pôs Guilherme Costa no lugar de Andrezinho. Em seguida, sacou Pikachu e fez entrar Manga Escobar para atuar aberto na esquerda. Guilherme passou para a direita. Buscou amplitude e espaçar a marcação alvinegra. Mas mesmo com conceitos bosn, faltava competência ao Vasco na hora de atacar. Foi um ataque contra defesa. E o gol só saiu aos 41 minutos. Em falha de Igor Rabello que tentou cortar e deu a bola nos pés de Douglas. Aos 47, Luís Fabiano fechou o placar e a festa, marcando seu primeiro tento com camisa vascaína.

Parabéns ao Vasco e a sua torcida. Venceu a Taça Rio quem mais se dedicou a ela. Especialmente nessa fase decisiva, com jogos que nada ou pouco valiam. E era o Vasco quem realmente mais necessitava dessa conquista. Faltava ganhar um clássico. Levantar um caneco. Não falta mais. O time vai com ainda mais moral para a semifinal do campeonato em busca de mais um tricampeonato estadual. Porém, lá irá enfrentar provavelmente adversários completos e com elencos superiores. E também ávidos por agora sim disputarem jogos valendo de verdade.Culpa de nossos cartolas. O cruzmaltino, entretanto, não tem nada a ver com isso.

São Paulo 0x2 Corinthians

Merecida vitória do Corinthians na primeira partida da semifinal do Campeonato Paulista. Num Morumbi com mais de 45.000 pessoas, o tricolor veio no 4-1-4-1. Jucilei atuando entre as linhas. Thiago Mendes e Cueva por dentro. Wellinton Nem e Luiz Araújo nos flancos. Pratto na frente. Uma escalação mais ofensiva. Carrile escalou o timão também no 4-1-4-1. Gabriel era o volante. Rodriguinho e Maycon no meio. Jadson na direita. Romero na esquerda. Jô na referência.

A etapa inicial foi toda do Corinthians. Compacta, marcando muito e aproximando suas linhas o timão deu a bola para o São Paulo. Jogando em casa, a equipe de Rogério Ceni saiu pro jogo. Mas não sabia como furar a marcação. Ainda mais quando perdeu Wellinton Nem lesionado. Cícero entrou em seu lugar e foi atuar por dentro. Cueva foi deslocado para a esquerda e Luis Araújo para a direita. Porém, O tricolor sofria com a má partida de Cueva. Sem ritmo de jogo o peruano errava tudo o que tentava. O alvinegro foi muito mais eficiente. Criou três oportunidades. Marcou duas vezes. Aos 20, Rodriguinho, o melhor em campo passou por dois e achou Jô em posição irregular. O mister clássicos tocou na saída de Renan Ribeiro e fez. Aos 47, novamente Rodriguinho. Ele recebeu de Maycon e arriscou de longe. O tiro saiu forte. Rasteiro. Dois a zero. Justo.

Na volta do intervalo o São Paulo veio com Gilberto no lugar de um apagado Luiz Araújo. Pratto foi obrigado a sair mais da área. Mesmo assim foi melhor jogador do time. Aos quatro, o timão perdeu Jadson, lesionado. Claiton entrou em seu lugar e foi atuar na esquerda, passando Romero para a direita. Lá ele pode dar uma mão a Fágner na marcação a Junior Tavares e Cueva. O tricolor criou três oportunidades de diminuir o marcador. Mas abusou dos cruzamentos. Quase todos errados. O Corinthians se fechou. Marcou muito. Mas ficou sem saída para o contra ataque. Mesmo assim sofreu menos do que o esperado diante da posse de bola do adversário na etapa final.

Em Itaquera e podendo perder por um gol, o timão é ainda mais favorito. Até porque hoje é muito mais equilibrado e tem no sistema defensivo seu ponto forte. Navega em águas calmas. Já o turbulento São Paulo viverá uma semana decisiva. Para o clube e para o seu treinador. Terá que reverter duas desvantagens de dois gols de diferença atuando fora de casa, diante de Cruzeiro e Corinthians. Se conseguir, será fantástico. Caso contrário, Rogério poderá começar a ter seu trabalho questionado. A torcida, impaciente, hoje já vaiou seu time. Será que o mito resite em caso de duas eliminações?

Ponte Preta 3x0 Palmeiras

Um entrou com postura e espírito de decisão. O outro achando que estava disputando uma pelada entre amigos. A Ponte foi intensa e abusada desde o início. Escalada em seu 4-2-3-1, trouxe Fernando Bob e Élton como volantes. Claysson na direita. Lucca na esquerda e Jadson centralizado. Potker era o comandante do ataque. Com menos de um minuto de jogo. Um a zero. E depois de Prass ter operado dois milagres!. Aos sete, o segundo. Coma defesa toda bagunçada. Parecia que era a primeira vez que os jogadores estavam naquele 4-1-4-1. Felipe Melo atuando entre as linhas dava espaços demais. E sozinho não conseguia cobrir todo o campo. William na direita. Tchê Tchê e Guerra por dentro. Dudu na esquerda. Essa linha de quatro além de muito mal tecnicamente demorava a retornar na recomposição defensiva. Borja ficava solitário a frente. Para completar a tragédia o lado esquerdo da defesa formado pelos veteranos Zé Roberto e Edu Dracena sofreu com a velocidade dos adversários. Assim como já sofrera diante do Peñarol. Depois de um período onde a partida ficou nervosa, catimbada e até certo ponto violenta foi por aquele setor que saiu o terceiro gol.

Eduardo Batista poderia ter sacado qualquer um no intervalo. Escolheu tirar Guerra e colocar Michel Bastos. Pouco adiantou. Assim como não fizeram diferença as entradas de Alecsandro e Roger Guedes. O problema era outro. Era de postura. A Ponte voltou fechada, satisfeita com o resultado. E disposta a só ir na boa. Gilson Kleina reorganizou seu time no 4-1-4-1. Até para espelhar o esquema com seu oponente. Fernando Bob ficou mais fixo ainda. Lucca pela esquerda. Élton e Jadson por dentro. Potker pela direita tratavam de bloquear as tentativas do alviverde. E Claysson, o baixinho veloz ficava a espreita de uma oportunidade.

Só que a Ponte tirou demais o pé do acelerador. Talvez satisfeita com o marcador. Tivesse forçado, poderia ter ampliado ainda mais sua vantagem. Tudo bem que teve um pênalti claro não assinalado de Prass em Potker (o outro reclamado, o lance de mão de Mina, eu não teria marcado). A decisão do paulista poderia ter ficado ainda mais próxima.

Para o jogo da volta, a macaca leva o favoritismo. Até porque entrar com a obrigação de tirar a diferença de três gols em 90 minutos é muito complicado. Ainda mais contra uma equipe extremamente organizada e com postura de quem quer mais essa vaga. Claro que o Palmeiras tem qualidade, elenco, torcida e camisa para reverter a situação. Porém, será preciso vontade. Coisa que faltou hoje ao time.


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Goiás 2x1 Fluminense- Tricolor ainda é o favorito


Avassalador o início de jogo do Fluminense no gramado do Serra Dourada. Escalado no 4-2-3-1 com variação para o 4-1-4-1 e o 4-3-3 o tricolor tinha a bola, intensidade e ideias para superar um assustado alviverde. Logo no primeiro minuto Henrique Dourado furou na pequena área. Houve um toque por trás. Mas na visão deste que vos escreve não suficiente para a marcação da penalidade máxima. Wendell, agora titular no lugar de Douglas e Orejuela eram os volantes. Wellinton Silva jogava na direita. Sornoza no meio. Marcos Júnior, o substituto de Richarlisson na esquerda.O Goiás estava no 4-4-2. Sem um jogador de criatividade no meio a bola pouco parava em seu poder. Era roubar a bola e rifar.Só o time carioca jogava. Aos nove,Wellinton Silva saiu da direita e entrou em diagonal. Levou três marcadores e achou Marcos Júnior na esquerda. O tiro saiu seco. Com justiça, o flu estava na frente. Se desenhava uma goleada.

Mas o gol fez mal ao tricolor. A equipe relaxou. A intensidade baixou. Mesmo assim o Goiás pouco ameaçava. A primeira finalização só veio aos 23 minutos com Tiago Luís. E de muito longe. Aos 39, o lance que mudou o jogo. O zagueiro Renato Chaves estava fora do gramado, trocando a camisa ensaguentada. Carlos Eduardo foi lançado onde o defensor deveria estar. Diego Cavalieri fez a falta fora da área. Foi expulso pelo árbitro. Lance de interpretação. Eu teria dado amarelo. Mas o vermelho não foi nenhum absurdo.

Imediatamente, Abel Braga pôs o goleiro Júlio César no lugar de Sornoza. Errou. O time ficou sem articulação. Dependendo única e exclusivamente da velocidade de Wellinton Silva e Marcos Júnior. Muito pouco.

A etapa complementar foi toda do alviverde. O técnico Sílvio Criciúma foi colocando atacantes e tirando defensores. Chegou a estar num 4-2-4. O tricolor tentou se reorganizar no tradicional 4-4-1 de quem tem um homem a menos. Mas não tinha contra ataque. O Goiás também sofreu com a falta de um jogador capaz de organizar o jogo e fazer a bola chegar a frente. Jean Carlos foi a sua aposta. Entrando aos 31 minutos talvez não desse tempo de fazer muita coisa. Deu. Um pombo sem asas da intermediária venceu Júlio César e igualou o placar. Dois minutos depois, o fraco árbitro deu um pênalti inexistente de Renato Chaves em Aylon.. Leo Gamalho cobrou com categoria e decretou a virada. Merecido pela coragem da equipe goiana.

Mesmo em desvantagem o Fluminense segue sendo favorito no confronto. No Maracanã e com onze contra onze mostrou ser muito mais qualificado. Só não pode deixar a preguiça imperar novamente. Que a lição tenha sido aprendida.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Diego, o insubstituível



A lesão no joelho de Diego, craque rubro-negro e de volta a Seleção Brasileira vem num momento muito complicado para o time. Primeiro por conta da importância dos jogos que as seis semanas fora irão custar. São jogos decisivos tanto pelo estadual como pela Libertadores, obsessão de dez em cada dez torcedores. Mas não é só isso. A ausência de Diego causa ainda mais problemas para o treinador Zé Ricardo e o coloca em um dilema que explicaremos abaixo.

Se não quiser mexer no esquema, o que já sabemos que não gosta muito de fazer, Zé terá como opções os jovens Matheus Sávio, Lucas Paquetá ou o argentino Mancuello. Os dois primeiros são muito inexperientes para segurar o rojão de uma partida decisiva especialmente na competição continental. O terceiro já atuou por ali e mostrou não ser a sua praia. Pode até quebrar um galho. Mas será que vale o improviso na hora da decisão?

Claro que também se pode e se deve indagar sobre Éderson e Conca. Ambos voltam de longos períodos parados e ainda necessitarão de um tempo para recuperar não só o futebol que o torcedor espera como o ritmo de jogo. Levando isso em consideração, nenhum deles é a resposta imediata para as partidas que se aproximam. Não adianta depositar nos pés deles as esperanças de ser o novo articulador rubro-negro. Pelo menos não por enquanto.

Qual seria a resposta você leitor deve estar se perguntando. Para mim, é simples. Zé precisará ter coragem e mudar o esquema tático. Talvez atuar com Márcio Araújo mais preso a marcação. William Arão saindo mais pela direita. Mancuello pela esquerda. Como terceiro homem de meio de campo. Posição que atuava e era ídolo no Independiente. Mantendo os jogadores de lado de campo para encostar em Guerrero. Mas sem um camisa 10 mais a frente. Sem um maestro. Sem substituto para Diego. Até porque amigos, para esse comentarista, ele é insubstituível!

Jogos da Rodada- 13/04/17



Atlético-mg 5x2 Sport Boys

O Galo foi mais um time brasileiro que sofreu além da conta diante de um adversário inferior tecnicamente. Escalado no 4-2-3-1, com Rafael Carioca e Elias atuando como volantes. Otero pela direita. Robinho centralizado e Luan pela esquerda. Na frente, Fred. O gol de Robinho logo no começo deu a falsa impressão que a partida seria fácil. Ledo engano. O veterano Tenório empatou um jogo que ficou mais para o time boliviano. Com as boas atuações de Capdevilla e Ferreyra, o Sport Boys se fechava atrás e contava com a bola queimando cada vez mais nos pés dos nervosos atleticanos. Ainda na primeira etapa Luan sentiu mais uma lesão e foi substituído por Cazares. Robinho passou a ocupar a faixa esquerda e o equatoriano entrou centralizado.

Na volta do intervalo o panorama não se alterou. Sem imaginação, o Atlético só ameaçava em bolas cruzadas. E tudo ficou ainda mais difícil quando Messidoro, de cabeça, virou a partida aos nove minutos. Desesperado, Roger Machado sacou Otero e pôs Rafael Moura. Passou a atuar num 4-4-2, com dois centroavantes de área. Como tecnicamente os jogadores não estavam bem, ficava complicado imaginar a virada pelas vias normais.

Mas estamos falando do galo forte, vingador. Um tiro de longe de Rafael Carioca foi desviado por Fred para igualar o marcador. Três minutos depois, um passe errado de Rafael Moura virou um grande passe para Elias deixar o artilheiro sozinho para tocar e virar a partida. Dois lances fortuitos. Foi o que bastou para desarmar o espírito dos bolivianos. Ainda haveria tempo para Fred marcar mais duas vezes, fechando o placar em cinco a dois e dando a liderança do grupo a equipe mineira.

Um time encantado. Que parece se beneficiar dos ares da competição continental. Mas que sabe que nem sempre só isso será suficiente para triunfar. É preciso melhorar o repertório ofensivo e corrigir as falhas defensivas. Elenco para ir longe o galo tem. Só não pode depender da sorte sempre. Ou do oportunismo de Fred.

Atlético Nacional 0x2 Botafogo

Parece que as fases anteriores, onde jogou quatro decisões seguidas fez bem ao Botafogo. Formou um time maduro e cascudo. Pronto para a guerra da Libertadores. Escalado em um 4-3-2-1 como na arrancada do ano passado, o Botafogo conseguiu jogar de forma inteligente e anular as principais armas de um enfraquecido campeão da Libertadores. Sofreu uma certa pressão nos primeiros quinze minutos. Mas depois conseguiu sair pro jogo. Mesmo que finalizando menos do que poderia. O equilíbrio na primeira etapa foi quase que completo. O Nacional teve seis por cento de posse de bola e apenas uma finalização certa a mais. Contudo, quem saiu em vantagem no marcador foi o alvinegro. E da maneira anunciada. Num contra ataque. Com mais um gol em jogo grande do cabeludo Camilo.

Na etapa final, o time carioca recuou demais. Especialmente depois da lesão de pimpão que obrigou Jair Ventura a colocar Guilherme para ser a válvula de escape de um contra ataque que não mais existia. E com o recuo de Camilo para fechar o lado esquerdo no 4-4-2 (quando defendia) o alvinegro perdeu sua vida inteligente. Deu a bola ao Atlético. A sorte é que os colombianos também não sabiam muito bem o que fazer com ela. Mesmo atuando num 4-2-4 pois o Botafogo não incomodava a equipe de Reinaldo Hueda só cruzava bolas altas na área. Consagrando Carli e Emerson Santos. Jair sacou Camilo, sacrificado na função que estava executando e pôs Fernandes em campo. Ganhou um gás novo para correr e marcar. Mas perdeu em criação. Por fim, tirou o pesadão Roger e apostou em Sassá junto de Guilherme na frente. E aos 48 foi Guilherme quem puxou o primeiro e único contra ataque para num toque de categoria matar a partida. A eficiência impressiona. Duas chances criadas durante a partida. Dois gols marcados.

O Botafogo encaminha sua classificação sem sustos num grupo que tinha tudo para ser um dos mais equilibrados dessa fase. Méritos para o sistema defensivo e para a volta ao esquema do ano passado. Se não sofrer com lesões ou aquelas coisas que só acontecem com o clube de General Severiano, o alvinegro vai muito forte para o mata mata.

São Paulo 0x2 Cruzeiro

Taticamente o tricolor entrou em campo num 4-1-4-1. Jucilei atuando entre as linhas. Cícero e Thiago Mendes por dentro. Wellinton Nem e Luis Araújo pelos flancos. Pratto na referência. Já o Cruzeiro veio num 4-2-3-1. Ariel Cabral e Hudson eram os volantes. Rafinha e De Arrascaeta jogavam pelos lados. Thiago Neves ficava centralizado. Ábila era o comandante do ataque.

Por 61 minutos, quase não se viu futebol no Morumbi. Os times tocavam a bola (mais a equipe paulista que tinha mais posse), rodavam, cruzavam mas não finalizavam. No primeiro tempo apenas uma boa chance com Luís Araújo. Alguns jogadores estavam muito mal tecnicamente. Wellinton Nem, o próprio Luís Araújo, Cícero e mais um monte. Bem mesmo só Jucilei. A raposa jogava com inteligência. Fechadinha atrás. Esperando a hora certa de dar o bote.

Até os 16 minutos da etapa final o panorama não se alterou. Era preciso um acontecimento extraordinário para mudar o rumo do clássico. E ele veio na cobrança de falta de Thiago Neves e no gol contra (tinha que ser assim) de Lucas Pratto. Em desvantagem, Rogério mudou. Sacou Wellinton Nem e pôs Thomaz em campo. Pouco adiantou. Aos 24, nova bola parada. Nova cobrança de Thiago Neves e gol de cabeça de Hudson, fazendo valer a famosa lei do ex. Desesperado, Rogério colocou Araruna e Gilberto nos lugares de Buffarini e Cícero. De nada adiantou. O Cruzeiro poderia aibda ter ampliado se Thiago Neves não tivesse batido raspando uma boa finalização de pé direito.

O tricolor tão exaltado por ter um ataque avassalador só conseguiu criar uma única oportunidade de gol em todo o jogo. O sinal de alerta para o confronto diante do Corinthians, outra equipe com um sólido sistema defensivo já está ligado. Já o Cruzeiro navega em águas calmas. Segue como o único invicto no país. Na semifinal do estadual e virtualmente classificado para a próxima fase da Copa do Brasil. Tem um estilo de jogo definido. Pode não ser vistoso. Mas ao contrário do São Paulo é extremamente eficiente.

Rodada de quarta 12/04/17


Flamengo 2x1 Atlético-pr

Num Maracanã lotado, o duelo de rubro-negros teve dois tempos distintos. Sem Mancuello, fora por problemas intestinais, Zé Ricardo optou pela escalação de Trauco como meia pela esquerda mantendo o tradicional 4-2-3-1. Com Gabriel muito disciplinado taticamente do outro lado e Márcio Araújo fazendo uma partida excepcional Diego ganhou toda a liberdade para se movimentar por onde quis, criar a superioridade numérica e aparecer para finalizar. Foram 25 minutos de muita intensidade. Dois gols, uma bola no travessão e outra boa chance perdida. O Flamengo merecia e poderia ter saído para o intervalo com uma vantagem maior.

Mesmo em desvantagem, o furacão não abandonou o seu estilo de jogo. Teve mais a bola. Rodou com paciência o jogo. Só não finalizou tanto como poderia. Mesmo sofrendo com as costas de Sidclei, setor no qual já passara por maus momentos diante do Deportivo Capiatá. Bastou o time carioca baixar sua intensidade na etapa complementar para o Atlético ser o dono do jogo. Estivesse completo, com Lucho González e Grafite em melhor forma física e o resultado poderia ter sido outro.

De qualquer forma o resultado mantém os dois brasileiros na briga. O Flamengo lidera o grupo. Mas vai precisar ganhar em casa da Universidad Catolica, além de conseguir pelo menos um bom resultado fora de casa. Já o Atlético vai depender do que fizer na Arena da Baixada. Se o dever de casa for bem feito, ambos se qualificam a próxima fase.

Palmeiras 3x2 Peñarol

Eduardo Batista manteve o 4-1-4-1 que vem sendo a base do Palmeiras nessa temporada. Felipe Melo muito bem entre as linhas. Intimidando na cara feia. Sem abusar da violência. Mesmo quando provocado. Guerra e Tche Tche (excepcionalmente ontem muito mal na partida) por dentro. Dudu na esquerda. William alternando entre a direita e como um segundo atacante, tentando não deixar Borja tão isolado a frente. Por 45 minutos nada funcionou. O Peñarol não queria a bola. Ou melhor fazia só ligação direta para afastar a bola da sua meta. Com o confronto físico prevalecendo e com o baixinho Arias explorando a falta de velocidade do lado esquerdo da retaguarda alviverde não foi surpresa ver o time uruguaio sair na frente em uma cobrança de escanteio e ainda perder outra boa oportunidade de ampliar o marcador.

Bastou o verdão ter 15 minutos de intervalo para se acalmar que o panorama mudou radicalmente. Em cinco minutos, o placar já era favorável ao time paulista. Aos nove, Borja desperdiçou um pênalti. Aos 12, novamente o colombiano perdeu cara a cara com Guruceaga. E o Palmeiras foi empilhando e desperdiçando as chances que criava para matar o jogo. Foram duas bolas na trave. Uma delas incrível, digna de Inacreditável Futebol Clube de William depois de driblar até o goleiro. Aos 30, em mais uma bola parada, o Peñarol que a essa altura já buscava mais o jogo, tentando explorar os espaços deixados por um alviverde que mesmo com a vantagem continuava atacando, empatou a peleja.

O verdão voltou a pressionar. Continuou criando e perdendo chances (foram 10 no segundo tempo). Mas ainda se mostrava nervoso em excesso. Quando Dudu caiu na pilha uruguaia e foi justamente expulso por reclamação parecia que a vaca tinha ido pro brejo. Mas esse Palmeiras tem algo de diferente, quase mágico. Assim como acontecera contra o Jorge Wilsterman, foi buscar uma vitória que parecia um empate certo na última bola da partida. Com Fabiano. Um lateral limitado, mas de muita estrela. Que fez o gol que garantiu o título brasileiro do ano passado. E que deu três pontos que não só colocam o time na liderança do grupo como dão tranquilidade para os jogos fora de casa.

Só não é preciso sofrer tanto. Na bola, o Palmeiras é muito melhor do que seus adversários. Coisas de um torneio diferente como a Libertadores. O time irá aprender. Mesmo se nada der certo, sempre haverá a magia da última bola do jogo!

Inter 1x1 Corinthians

Jogo quente no Beira-Rio por tudo que se falou sobre a troca de Valdivia e Giovanni Augusto. Também por resquícios do brasileiro de 2005 e da história do dvd. O Inter no seu 4-2-3-1. Com Rodrigo Dourado e Edenílson (este saindo mais para o jogo, principalmente pela direita) como volantes. Nico Lopez e Uendel pelos lados. D'alessandro flutuando e Brenner na referência. Carrile montou o timão no 4-1-4-1. Sem Jô e com Jádson poupado, jogou com Gabriel entre as linhas. Rodriguinho e Maycon por dentro. Romero e Marquinhos Gabriel nos lados do campo e Claiton como atacante. Era um Corinthians mais ofensivo, mais solto do que o usual.Controlando menos a bola e sofrendo muito mais sustos na retaguarda.

A etapa inicial foi disputada em ritmo alucinante. Com os goleiros sendo os grandes destaques. Foram oito chances claras de gol. Cinco do colorado que achou muitos espaços com D'alessandro transitando nas costas dos volantes, por dentro. E também pela direita onde William não era acompanhado por Marquinhos Gabriel. As triangulações por aquele setor ocorriam com o lateral medalha de ouro na Rio 2016, Nico Lopez e Edenilson. E levavam o cada vez melhor Arana a loucura. Carrile tentou corrigir isso já no fim do primeiro tempo trazendo Romero para a esquerda e Marquinhos Gabriel para a direita.

Na volta do intervalo, o técnico alvinegro colocou Marququinhos Gabriel como atacante (até ser substituído por Giovanni Augusto). Trouxe Claiton pra acompanhar as descidas de William e voltou com Romero para a direita. Com isso, Arana pode fazer o que faz de melhor. Apoiar. Aos sete, foi de seus pés que veio o cruzamento para o gol de Romero, fechando pela direita. Aos 11, o colorado empatou com Rodrigo Dourado, de cabeça, se antecipando a Pablo. Com um gol marcado fora de casa o timão tratou de se fechar. E voltou a sua habitual forma. Pouco criou na frente (apenas um oportunidade com Giovanni Augusto). Mas pouco sofreu atrás.

Na volta, o Corinthians passa a ser favorito. Até porque o Inter terá que sair para o jogo. E o time paulista poderá jogar da forma como gosta. Fechado, controlando a bola. Criando pouco ofensivamente. Mas sofrendo menos ainda lá atrás. E ainda joga em casa. A equipe gaúcha terá que fazer o "jogo do ano" para passar. Torço para que tenhamos mais um grande espetáculo. Como foram os primeiros 45 minutos de ontem.

Rádio Futbolleiros