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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Jogos da Rodada- 13/04/17



Atlético-mg 5x2 Sport Boys

O Galo foi mais um time brasileiro que sofreu além da conta diante de um adversário inferior tecnicamente. Escalado no 4-2-3-1, com Rafael Carioca e Elias atuando como volantes. Otero pela direita. Robinho centralizado e Luan pela esquerda. Na frente, Fred. O gol de Robinho logo no começo deu a falsa impressão que a partida seria fácil. Ledo engano. O veterano Tenório empatou um jogo que ficou mais para o time boliviano. Com as boas atuações de Capdevilla e Ferreyra, o Sport Boys se fechava atrás e contava com a bola queimando cada vez mais nos pés dos nervosos atleticanos. Ainda na primeira etapa Luan sentiu mais uma lesão e foi substituído por Cazares. Robinho passou a ocupar a faixa esquerda e o equatoriano entrou centralizado.

Na volta do intervalo o panorama não se alterou. Sem imaginação, o Atlético só ameaçava em bolas cruzadas. E tudo ficou ainda mais difícil quando Messidoro, de cabeça, virou a partida aos nove minutos. Desesperado, Roger Machado sacou Otero e pôs Rafael Moura. Passou a atuar num 4-4-2, com dois centroavantes de área. Como tecnicamente os jogadores não estavam bem, ficava complicado imaginar a virada pelas vias normais.

Mas estamos falando do galo forte, vingador. Um tiro de longe de Rafael Carioca foi desviado por Fred para igualar o marcador. Três minutos depois, um passe errado de Rafael Moura virou um grande passe para Elias deixar o artilheiro sozinho para tocar e virar a partida. Dois lances fortuitos. Foi o que bastou para desarmar o espírito dos bolivianos. Ainda haveria tempo para Fred marcar mais duas vezes, fechando o placar em cinco a dois e dando a liderança do grupo a equipe mineira.

Um time encantado. Que parece se beneficiar dos ares da competição continental. Mas que sabe que nem sempre só isso será suficiente para triunfar. É preciso melhorar o repertório ofensivo e corrigir as falhas defensivas. Elenco para ir longe o galo tem. Só não pode depender da sorte sempre. Ou do oportunismo de Fred.

Atlético Nacional 0x2 Botafogo

Parece que as fases anteriores, onde jogou quatro decisões seguidas fez bem ao Botafogo. Formou um time maduro e cascudo. Pronto para a guerra da Libertadores. Escalado em um 4-3-2-1 como na arrancada do ano passado, o Botafogo conseguiu jogar de forma inteligente e anular as principais armas de um enfraquecido campeão da Libertadores. Sofreu uma certa pressão nos primeiros quinze minutos. Mas depois conseguiu sair pro jogo. Mesmo que finalizando menos do que poderia. O equilíbrio na primeira etapa foi quase que completo. O Nacional teve seis por cento de posse de bola e apenas uma finalização certa a mais. Contudo, quem saiu em vantagem no marcador foi o alvinegro. E da maneira anunciada. Num contra ataque. Com mais um gol em jogo grande do cabeludo Camilo.

Na etapa final, o time carioca recuou demais. Especialmente depois da lesão de pimpão que obrigou Jair Ventura a colocar Guilherme para ser a válvula de escape de um contra ataque que não mais existia. E com o recuo de Camilo para fechar o lado esquerdo no 4-4-2 (quando defendia) o alvinegro perdeu sua vida inteligente. Deu a bola ao Atlético. A sorte é que os colombianos também não sabiam muito bem o que fazer com ela. Mesmo atuando num 4-2-4 pois o Botafogo não incomodava a equipe de Reinaldo Hueda só cruzava bolas altas na área. Consagrando Carli e Emerson Santos. Jair sacou Camilo, sacrificado na função que estava executando e pôs Fernandes em campo. Ganhou um gás novo para correr e marcar. Mas perdeu em criação. Por fim, tirou o pesadão Roger e apostou em Sassá junto de Guilherme na frente. E aos 48 foi Guilherme quem puxou o primeiro e único contra ataque para num toque de categoria matar a partida. A eficiência impressiona. Duas chances criadas durante a partida. Dois gols marcados.

O Botafogo encaminha sua classificação sem sustos num grupo que tinha tudo para ser um dos mais equilibrados dessa fase. Méritos para o sistema defensivo e para a volta ao esquema do ano passado. Se não sofrer com lesões ou aquelas coisas que só acontecem com o clube de General Severiano, o alvinegro vai muito forte para o mata mata.

São Paulo 0x2 Cruzeiro

Taticamente o tricolor entrou em campo num 4-1-4-1. Jucilei atuando entre as linhas. Cícero e Thiago Mendes por dentro. Wellinton Nem e Luis Araújo pelos flancos. Pratto na referência. Já o Cruzeiro veio num 4-2-3-1. Ariel Cabral e Hudson eram os volantes. Rafinha e De Arrascaeta jogavam pelos lados. Thiago Neves ficava centralizado. Ábila era o comandante do ataque.

Por 61 minutos, quase não se viu futebol no Morumbi. Os times tocavam a bola (mais a equipe paulista que tinha mais posse), rodavam, cruzavam mas não finalizavam. No primeiro tempo apenas uma boa chance com Luís Araújo. Alguns jogadores estavam muito mal tecnicamente. Wellinton Nem, o próprio Luís Araújo, Cícero e mais um monte. Bem mesmo só Jucilei. A raposa jogava com inteligência. Fechadinha atrás. Esperando a hora certa de dar o bote.

Até os 16 minutos da etapa final o panorama não se alterou. Era preciso um acontecimento extraordinário para mudar o rumo do clássico. E ele veio na cobrança de falta de Thiago Neves e no gol contra (tinha que ser assim) de Lucas Pratto. Em desvantagem, Rogério mudou. Sacou Wellinton Nem e pôs Thomaz em campo. Pouco adiantou. Aos 24, nova bola parada. Nova cobrança de Thiago Neves e gol de cabeça de Hudson, fazendo valer a famosa lei do ex. Desesperado, Rogério colocou Araruna e Gilberto nos lugares de Buffarini e Cícero. De nada adiantou. O Cruzeiro poderia aibda ter ampliado se Thiago Neves não tivesse batido raspando uma boa finalização de pé direito.

O tricolor tão exaltado por ter um ataque avassalador só conseguiu criar uma única oportunidade de gol em todo o jogo. O sinal de alerta para o confronto diante do Corinthians, outra equipe com um sólido sistema defensivo já está ligado. Já o Cruzeiro navega em águas calmas. Segue como o único invicto no país. Na semifinal do estadual e virtualmente classificado para a próxima fase da Copa do Brasil. Tem um estilo de jogo definido. Pode não ser vistoso. Mas ao contrário do São Paulo é extremamente eficiente.

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