Acervo

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Jogos Históricos- Brasileiro 1990- Botafogo 1x0 Flamengo



Jogo realizado no dia 30 de setembro de 1990, válido pela primeira fase do Campeonato Brasileiro. Estava em jogo também a Taça Gérson canhotinha de ouro para o vencedor do clássico. O Botafogo tinha uma vitória, dois empates e quatro derrotas. Era o oitavo colocado do grupo A, com quatro pontos ganhos. o alvinegro foi a campo com Ricardo Cruz, Paulo Roberto, Gilson Jáder. Wilson Gottardo e Renato. Carlos Alberto Santos, Luisinho, Djair e Carlos Alberto Dias. Vivinho e Valdeir. O treinador era Valdir Espinosa.


O Flamengo também não fazia boa campanha. Uma vitória, quatro empates e duas derrotas. Seis pontos ganhos e a sétima colocação do grupo B. A escalação foi assim definida pelo técnico Jair Pereira. Zé Carlos, Josimar, Vitor Hugo, Rogério e Piá. Júnior, Aílton e Nélio. Renato Gaúcho, Gaúcho e Zinho.

Primeiro Tempo

-O clássico começou equilibrado. Em situação ruim no campeonato, as duas equipes jogavam com cautela.O alvinegro tinha mais movimentação do meio pra frente. Seus jogadores não guardavam posição fixa. O rubro-negro era mais estruturado. Renato atuava pela direita. Zinho, na esquerda. Nélio dava suporte a Gaúcho pelo meio.

-Aos 10 minutos, Valdeir recebeu de Luisinho, colocou na frente e foi empurrado por Vitor Hugo. Pênalti bem marcado por Luís Carlos Félix. Depois de dois minutos de muitas reclamações, Paulo Roberto cobrou e Zé Carlos defendeu, caindo no seu canto direito.

-A partida era disputada de intermediária a intermediária. Sem grandes emoções. O Botafogo era melhor distribuído em campo. O Flamengo tinha um problema sério. Zinho e Renato afunilavam pelo meio. Com isso, não havia jogadas pelas pontas. E Gaúcho não tocava na bola. Tanto que o rubro-negro só ameaçou aos 31 minutos. Zinho cobrou escanteio da esquerda. Gaúcho disputou com Gilson Jáder no alto. Aílton pegou o rebote e bateu. A bola entraria, mas desviou no pé de Vivinho e foi pela linha de fundo.

-Aos 34, Renato foi levando a bola sem ser molestado por nenhum marcador. Da entrada da área, o lateral do Botafogo arriscou. Zé Carlos quase se complicou e bateu roupa. A zaga afastou o perigo. Foram duas chances alvinegras contra apenas uma do rubro-negro em uma etapa inicial sem grandes lances para o torcedor.

Segundo Tempo

-O Flamengo voltou melhor. Aos cinco, Nélio tocou para Aílton, que dividiu com Paulo Roberto e perdeu ótima chance de abrir o marcador. A marcação rubro-negra na saída de bola sufocava o alvinegro. Mesmo assim, as chances criadas eram muito poucas. Ou quase inexistentes.

-Espinosa mexeu no seu time aos 23. Saiu Djair e entrou Juninho. Aos 26, Vivinho lançou Valdeir. Ele passou na velocidade por Piá e bateu com perigo para Zé Carlos. Jai Pereira também resolveu usar a sua regra três. Saíram Gaúcho e Zinho e entraram Paulinho Carioca e Marquinhos. Nélio foi jogar de centroavante. Paulinho entrou na esquerda. E Marquinhos deu um pouco mais de liberdade a Júnior. O problema é que Nélio continuou tão isolado na frente quanto Gaúcho estava.

-Aos 38, Carlos Alberto Dias cruzou da esquerda. A bola foi na segunda trave. Zé Carlos e Piá ficaram olhando. Vivinho se antecipou e cabeceou entre o goleiro e a trave esquerda. Botafogo um a zero. Era a terceira vitória do alvinegro sobre o Flamengo naquele ano.

-Aos 41,Renato ganhou de seu xará e foi derrubado dentro da área por Wilson Gottardo. Pênalti não assinalado pelo árbitro. Espinosa tratou de fechar ainda mais seu meio de campo. Aos 43, saiu Vivinho e entrou o volante Pingo.

Espero que tenham gosta de relembrar mais esse jogo histórico do meu acervo. Em breve, voltaremos com mais. Até lá.

Jogos Históricos- Libertadores 99-Vasco 2x4 Palmeiras




Ficha técnica do jogo

Data: 21/04/1999 Local: São Januário Público: 15.215 Árbitro: Wilson de Sousa Mendonça

Cartões amarelos: Nasa, Luizão, Marcos,Júnior Baiano e Roque Júnior. Cartão vermelho: Júnior

Gols: Luizão, aos 3. Paulo Nunes, aos 29. Alex, aos 31 e Ramon, aos 35 do 1 tempo. Alex, aos 2 e Arce, aos 5 do 2 tempo

Vasco: Márcio, Zé Maria, Odvan, Mauro Galvão e Alex Oliveira. Nasa, Paulo Miranda (Luiz Cláudio), Juninho Pernambucano e Ramon (Vágner). Donizete (Zezinho) e Luizão. Técnico: Antônio Lopes

Palmeiras: Marcos, Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior. Galeano (Rogério), César Sampaio, Zinho e Alex (Roque Júnior). Paulo Nunes e Oséas (Evair). Técnico: Luís Felipe Scolari

O Jogo, lance a lance


-No primeiro confronto, no Parque Antártica, houve empate de 1x1. Nova igualdade em São Januário e a vaga para as quartas de finais seria decidida nos pênaltis. Quem passar, enfrenta o Corinthians.

-O início do Vasco não poderia ser melhor. Aos três minutos, Donizete fez a jogada pela esquerda. Achou Luizão. O atacante bateu forte, de perna esquerda, sem deixar a bola cair. Marcos demorou a pular e não alcançou. Um a zero.

-Aos seis, Donizete, agora na direita, passou por Cléber a bateu. Marcos bateu roupa e quase Juninho Pernambucano consegue aproveitar a sobra. Nos primeiros quinze minutos, foram quatro finalizações do time carioca contra apenas uma do alviverde paulista. Aos 18, Júnior recebeu cartão amarelo depois de puxar a camisa de Juninho Pernambucano e parar o contra ataque vascaíno. Um minuto depois Donizete teve a chance de ampliar o marcador. Ele recebeu ótimo passe de Alex Oliveira, ficou cara a cara com Marcos. Mas titubeou e permitiu que Cléber se recuperasse e conseguisse prensar o chute, junto com a boa e corajosa saída de Marcos.

-Em desvantagem, o Palmeiras teve que mudar seu estilo e propor o jogo, buscar o resultado. E como tinha qualidade pra fazer isso. Principalmente pelos lados do campo, na direita com Arce e Paulo Nunes. Na esquerda com Zinho e Júnior. Sempre levando vantagem em cima de Zé Maria e Alex Miranda. Aos 29, chegou ao empate. Falta cobrada para Júnior na esquerda. Ele bateu rasteiro para a área. A bola passou por quase todo mundo. Menos por Paulo Nunes, que na segunda trave escorou e empatou a partida. Um a um.

-Aos 31, contra ataque de almanaque do Palmeiras. Zinho esticou para Alex. Ele avançou, tabelou com Paulo Nunes e bateu rasteiro. Márcio pulou, mas o tiro passou por baixo do seu braço. Falha do goleiro. Verdão vira vira, dois a um.

-Aos 35, Alex Oliveira recebeu bateu forte, da intermediária. Marcos espalmou para escanteio. Ramon cobrou de forma venenosa, fechada. Galeano desviou e acabou colocando nas próprias redes. O árbitro deu gol olímpico de Ramon. Tudo igual novamente, dois a dois.

-Aos 47, Alex Oliveira apareceu na meia direita e finalizou. O tiro saiu raspando a trave esquerda de Marcos na derradeira chance dos 45 minutos iniciais.

-Foram seis oportunidades de gol do time da casa contra duas do visitante no primeiro tempo. No marcador, no entanto, placar igualado.

Segundo Tempo

-O Palmeiras voltou do intervalo com Rogério no lugar do já amarelado Galeano. Deu certo. Aos dois minutos, Rogério recuperou uma bola no campo de ataque e abriu para Paulo Nunes. Recebeu de volta e cruzou. Alex se antecipou a Zé Maria e, de sola, empurrou para o fundo das redes. Três a dois Palmeiras.

-Aos cinco, falta no lado esquerdo do ataque palmeirense. Arce bate direto. Márcio demora a reagir. A bola bate em suam mão, na trave e entra. Verdão quatro a dois. E muito próximo da classificação.

-Aos nove, Luizão recebeu na meia esquerda, derivou para o meio a bateu. Marcos desviou para escanteio. Imediatamente, Lopes mexeu no time. Tirou Ramon e Donizete e pôs Vágner e Zezinho em campo.

-O desenho do jogo era claro. O Vasco no desespero, indo com tudo a frente. E o Palmeiras fechado, buscando os contra ataques e fazendo o tempo passar. Aos 20, Felipão tirou Oséas e colocou Evair em seu lugar. Aos 21, Juninho Pernambucano cobrou falta e Marcos defendeu com imensa dificuldade.

-A pressão do Vasco era grande. Aos 23, Zezinho deu o drible da vaca em Júnior. Foi a linha de fundo e cruzou. A bola ia na cabeça de Luizão. Mas havia uma mão salvadora de Marcos para desviar o centro e salvar o alviverde. Aos 27, Lopes tirou o volante Paulo Miranda e colocou o atacante Luiz Cláudio.

-Aos 28, Zé Maria fez um esforço sobrenatural para evitar que a bola saísse pela linha d efundo e conseguiu cruzar. Luizão testou com muito perigo para a meta de Marcos. Imediatamente, Scolari tirou Alex e pôs Roque Júnior como volante a frente da zaga para fechar ainda mais o meio de campo. Aos 35, Júnior foi expulso depois de receber os segundo cartão amarelo por falta em Zezinho. Scolari manda Zinho para a lateral esquerda para os últimos dez minutos de jogo. Aos 38, Luizão sofre falta dentro da meia lua. Alex Oliveira cobra e a bola tira tinta do travessão de Marcos.

-Aos 41, Evair girou em cima de Odvan com enorme facilidade e achou Paulo Nunes solto pela meia esquerda. O diabo loiro entrou na área e tocou na saída de Márcio. O chute saiu a esquerda da meta vascaína.

-O Palmeiras avançava, depois de um grande jogo. O Vasco lutou até o fim. Mas não teve forças para reverter o quadro. Assim, o atual campeão da Libertadores estava eliminado. A américa teria novo rei. E a coroa alviverde começou a ser forjada nesse 21 de Abril de 1999.

Espero que tenham gostado. Em breve, mais jogos históricos descritos em detalhes aqui no blog. Até lá.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

No sufoco- Atlético-go 1x2 Flamengo


Parecia que o Flamengo era o lanterna do campeonato brasileiro. E que o Atlético era um dos candidatos ao título deste ano. Com dez minutos do segundo tempo, o dragão tinha finalizado 12 vezes contra duas do rubro-negro carioca. Que só não eliminou um dos favoritos ao título porque faltou qualidade técnica.

Mas sobrou uma vontade que não havia sido vista ainda. Pelo menos não nas duas primeiras rodadas. O time goiano dá sinais de que pode tentar brigar contra a eminente ameaça de rebaixamento.

Para desespero do torcedor de Goiânia, Zé Ricardo não pôs Vinícius Júnior em campo. Tudo bem. O time do Flamengo parece que ficou inteiro na concentração. Passou para as quartas de finais. Mas terá que melhorar muito o rendimento para esquecer a tragédia da Libertadores.

Veja a análise mais completa no meu canal do youtube. Aproveite e deixe seu like e se inscreva lá no canal.https://www.youtube.com/watch?v=LtksEfn_E3I

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Jogos de Quarta- 10/05/2017- Fluminense, Santos, Chape


Liverpool 1x0 Fluminense

-Um início de jogo catastrófico do tricolor. Acuado, sem inspiração e intensidade, o flu foi envolvido por um adversário inferior tecnicamente, mas voluntarioso e empolgado com a presença do torcedor. Sem conseguir chegar ao campo de ataque por conta dos inúmeros erros de passe, o time carioca sofreu na defesa. E acabou levando um gol cedo. O que aumentou ainda mais a temperatura do Liverpool na fria capital uruguaia. Conforme o tempo foi passando, a empolgação foi passando. E o Fluminense até saiu um pouco mais para o jogo. Porém, esbarrou novamente na atuação muito ruim de alguns (muitos) de seus jogadores.

-Bastou um pouco mais de bola no chão e transpiração para o Fluminense melhorar na etapa final. Criou algumas chances. Não levou tantos sustos atrás. Mesmo assim foi sofrido demais. Além da conta para o potencial que tem o jovem time de Abel Braga. O mais pessimista dirá que foi o quarto jogo seguido sem vitória (a terceira derrota seguida). Eu prefiro acreditar que a equipe passou por seus batismos de fogo. E agora, mais experiente, pode atingir ótimas coisas nessa temporada.

Paysandu 1x3 Santos

-O jogo começou mais equilibrado do que se esperava. O Santos tocava a bola e tentava cadenciar a velocidade e administrar o cansaço de uma longa viagem. Ainda mais porque o campeonato brasileiro se aproxima. A exceção era Bruno Henrique. Aberto na esquerda e vivendo ótima fase, sempre que recebia, tratava de acelerar as coisas. O papão não é brilhante tecnicamente. Mas apertou o quanto pode. E chegou a ter duas excelentes chances de abrir o placar e diminuir sua desvantagem. Faltou qualidade na hora de decidir. E ao se abrir um pouco mais deu espaço a jogadores mortais. Lucas Lima fez brilhante passo longo. Vitor Bueno enxergou bem o companheiro livre e Bruno Henrique, sempre ele, empurrou para as redes. A vaga nas quartas de final estava decidida.

-A etapa final serviu para comprovar as virtudes e deficiências do Santos. As jogadas de Vitor Bueno pela direita e o cada vez melhor Bruno Henrique foram as coisas boas. De ruim, os já conhecidos problemas com a improvisação de jogadores na lateral esquerda. Ontem, foi Jean Mota. E por seu setor o papão criou as melhores oportunidades. Além do lance do gol de Diogo Oliveira.


-Dorival aproveitou o resultado e descansou seus principais jogadores. O cinco a um no agregado foi absolutamente normal para a diferença entre as duas equipes. Agora, cada uma se concentra em seus novos objetivos. O peixe é candidato a um boa campanha no brasileiro e na Libertadores. e está entre os oito melhores da Copa do Brasil. Já o papão, a princípio, deve pensar em se manter na série B. Ou no máximo no meio de tabela.

Atlético Nacional 4x1 Chapecoense

-A emoção sempre irá tomar conta deste jogo. Por tudo que ocorreu em novembro do ano passado. Não é e nunca será apenas futebol. Pelas circunstâncias da primeira partida, o time colombiano se apresentou preso, nervoso. Ontem, jogou de forma leve, solta

-A vantagem da chape foi embora logo no primeiro minuto numa falha do goleiro Artur Moraes. E antes dos quinze, já estava dois a zero. Mesmo assim, Vágner Mancini não expôs o time. Até porque falta qualidade ao elenco catarinense. Sim, é difícil se refazer da tragédia, reconstruir o elenco e ainda ser competitivo.Faltou incomodar o jogo de troca de passes do Atlético Nacional.No geral, o renascido campeão da Libertadores do ano passado foi superior e teve chances de aumentar o marcador. Não conseguiu. E deu uma sobrevida a Chapecoense.

-A entrada de Apodi na lateral direita, passando João Pedro para o meio de campo poderia ter dado resultado se Henriquez não tivesse aparecido do nada para salvar um gol certo de Arthur Caíque logo no recomeço da partida. A chape se abria. E não tinha outro jeito. Com mais jogadores de velocidade, o time passou a incomodar. E a criar. Faltou o capricho na finalização. Sentindo o bom momento, o Nacional passou a cadenciar ainda mais o jogo. Tocou a bola com paciência, esfriou a chape e buscou as brechas na marcação. Até Ibaurguen fazer gato e sapato de Apodi.Na sequência, gol de Moreno. O golpe de misericórdia veio com o chute errado de Ibarguen que encobriu Arthur Moraes. A Chapecoense não merecia tanto. Até pelo segundo tempo competitivo que fez. Nem mesmo o gol de honra de Túlio de Melo serviu de alento. A Chape estava batida. Mas caiu de pé. Lutando. Bravo como índio Condá.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Vitória dramática- Santos 3x2 Independiente Santa Fé


Se existe perfeição no futebol, o Santos chegou perto dela nos primeiros dez minutos da partida. Adiantou a marcação. Marcou. Trocou passes. E fez um gol. Aliás, numa trapalhada de Mosquera digna de Os Trapalhões.Com a vantagem, diminuiu a intensidade. O Santa Fé praticamente só atacava pela direita. Explorando Mateus, o lateral improvisado. De tanto cometer faltas nas imediações da grande área, acabou levando dois tentos. Por sorte, era noite de acabar com jejuns. Ricardo Oliveira já havia terminado com o seu. Vitor Bueno também. E num primeiro tempo que poderia vencer com alguma facilidade, saiu com um dois a dois. Apesar da boa atuação de Lucas Lima.

No intervalo, Dorival Júnior alterou seu time. Sacou o inseguro Mateus e improvisou o atacante Copete pela lateral esquerdo. Melhorou um pouco. O que não melhorou foi o espírito do peixe. Afobado. Nervoso. Tenso. Atacava ou ao menos tentava de qualquer forma. Sem muita organização. O Independiente foi superior durante 30 minutos, quando sentiu que poderia ter um resultado positivo. Teve mais posse de bola. Finalizou mais. Criou as melhores oportunidades. No terço final da partida, recuou novamente, pensando em garantir o empate que veio ao Brasil buscar. Mas o castigo veio a cavalo marinho já que chovia muito no Pacaembu. Em uma jogada de bola parada. Um gol de zagueiros. David Braz escorou. Lucas Veríssimo completou para as redes. Três a dois. A peleja ficou aberta. Poderia ter saído mais um tento para qualquer um dos lados. Felizmente, não saiu nenhum.

A vitória foi fundamental para o Santos. Que volta a liderança do grupo e que pode ir com tranquilidade para a altitude de La Paz. Pode até tropeçar diante do The Strongest. Não pela força do time boliviano. Muito mais por ter que subir o morro. E decide em casa contra o lanterna Sporting Boys. Se a bola do time melhorar pode ganhar os dois compromissos. E entrar forte no mata mata. Caso contrário, será sempre um drama parecido com o de hoje.

Sem classificação antecipada. E sem bom futebol- Deportes Iquique 2x1 Grêmio



No duelo entre os dois melhores ataques da Libertadores, deu Deportes Iquique. Com dois gols de bola parada. como o futebol é fascinante. Renato Portaluppi manteve o 4-2-3-1 mais ofensivo do Grêmio. Michel e Jaílson como volantes. Ramiro pela direita. Luan centralizado. Pedro Rocha na esquerda. E o artilheiro Barrios na referência. E durante 20 minutos, o tricolor mandou na partida. Trocou passes, atacou e abriu o placar em jogada ensaiada de escanteio.

O problema começou dois minutos depois. O fraco árbitro argentino assinalou um pênalti inexistente de Ramiro. O Iquique chegou a igualdade e passou a comandar as ações. Não foi brilhante. Até porque divide as atenções com o campeonato chileno. Mas o tricolor sentiu demais o baque.

O gol de falta de Torres logo aos três minutos da etapa complementar mandou por água abaixo qualquer plano que Renato tenha traçado no intervalo. Ele tentou modificar a equipe. Sacou Jaílson e pôs Fernandinho na direita, recuando Ramiro para a linha de dois volantes. Não funcionou. Sentindo que perdera o controle da meia cancha, ele tirou Pedro Rocha, sumido na partida e colocou o volante Arthur para armar pelo lado direito.

O Grêmio melhorou um pouco. Mas não o suficiente para empatar e conseguir a classificação antecipada. O passaporte para a próxima fase virá em Porto Alegre, diante do Zamora. Não tenho dúvidas. Mas o futebol apresentado pelo imortal tricolor precisa melhorar rapidamente. E muito.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Novamente líder- Flamengo 3x1 Universidad Catolica


O Maracanã estava lindo. E os primeiros 15 minutos do Flamengo foram praticamente perfeitos. Pressão. Finalizações. Cruzamentos. Nenhum passe errado sequer. Só não saiu o gol. Defeito que o rubro--negro teima em não corrigir. Cria muito. E concretiza poucas oportunidades. O caminho era pelo lado direito de ataque. Com Pará, Gabriel e Arão triangulando em cima do improvisado lateral chileno. Mas a Catolica também jogava bola. E também sentiu a tensão dos torcedores e da equipe brasileira. Depois dos 20 minutos resolveu sair um pouco para jogar. Conhecer a outra metade do campo do ex maior do mundo. Quase abriu o marcador quando a defesa do mengo marcou infantilmente em linha. Muralha salvou. Na frente, Guerrero queria jogo. Atuava por ele e pelo ausente Diego. Não perdeu nenhuma jogada. Mas não deu sorte nas finalizações.

Zé Ricardo voltou do intervalo com Rodinei no lugar do apagado Mancuello. Queria mais velocidade ainda pelo lado direito. Gabriel centralizou com Arão. Éverton seguiu aberto na esquerda. Logo aos cinco minutos, a sorte sorriu para o Flamengo. Guerrero cobrou falta. A bola bateu em Arão e sobrou para o predestinado Rodinei acertar o alvo. De canhota.

Sem ter o que perder, a Catolica ficou mais ofensiva. E sempre ameaçando pela esquerda, nas costas de Trauco. Foi por ali que Fuenzalida centrou. Vaz não cortou e Santiago silva, sempre ele, empatou. O estádio ficou tenso novamente. Até que Guerrero recebeu de Pará e bateu cruzado para terminar com o caô. Entregues, os chilenos não ameaçaram mais. E no fim, Trauco fez mais um, mesmo fazendo tudo errado na jogada.

O agora líder Flamengo duela na última rodada em Buenos Aires, diante do renascido San Lorenzo. Terá os espaços que gosta para contra atacar. A vantagem do empate e até mesmo a possibilidade de sair classificado mesmo com a derrota. De qualquer forma, é bom o torcedor começar a preparar o seu coração. Será mais uma noite tensa para a maior torcida do país.

Abaixo, o link para a Vídeo Análise da partida no meu canal do Youtube. Se puder dar um like, compartilhar e se inscrever no canal eu agradeceria muito.

https://www.youtube.com/watch?v=yncbrk4rkcQ

Treino de luxo- Sport Boys 1x5 Atlético-mg



Foi um treinamento de luxo. Ou nem isso. Já que com certeza um coletivo teria sido mais produtivo. E sem o desgaste da viagem. A goleada veio naturalmente. A classificação ficou muito bem encaminhada. O galo conseguiu cumprir com todos seus objetivos. E ainda poupou algumas peças chave.

Roger Machado mandou a campo um 4-1-4-1. Felipe Santana na zaga. Adílson entre as linhas. Elias e Rafael Carioca por dentro. Otero pela direita. Cazares centralizado. Rafael Moura na referência. Diante de um adversário fraco, que nem em seu estádio jogou e não pode contar com a altitude, ficou fácil. No primeiro minuto, bola na trave. Com 15, dois a zero. Desconcentrados, os jogadores começaram a pensar no Cruzeiro. Normal. O que não era normal foi oferecer a bola para os bolivianos. Mesmo relutantes, eles agradeceram e aceitaram o convite. Diminuíram e poderiam ter complicado uma vitória tranquila.

Na etapa final, o galo voltou a carga ofensiva. Elias e Otero, este num magistral frago do goleiro Arias, aumentaram em 18 minutos. Felizmente, o erro do primeiro tempo não se repetiu. Claro que o Atlético tirou o pé do acelerador. Mas ficou mais com a bola. Controlou o jogo.E não precisou utilizar nenhum dos titulares que estavam no banco. Planejamento perfeito. No finalzinho, Cazares ainda marcou mais um. Ficou ainda mais justo.

Os três pontos eram esperados. A goleada importante para o confronto diante dos argentinos do Godoy Cruz na briga pela liderança da chave. Porém, o mais importante de tudo foi dar um refresco para os principais atletas. Afinal, domingo tem final do estadual contra o maior rival.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Mudança perigosa- Botafogo 0x2 Barcelona


O clima estava ótimo. O estádio cheio. O Botafogo, primeiro time brasileiro a estrear na competição, parecia pronto para ser o primeiro classificado ao mata-mata. A entrada em campo foi arrepiante! Sem Bruno Silva, suspenso, Jair Ventura preferiu abrir mais seu time. Escalou um 4-2-3-1. Aírton e João Paulo como volantes. Pimpão e Guilherme pelos lados. Camilo centralizado. Sassá na referência.

Não deu certo. Não é característica do alvinegro propor o jogo, agredir. Sem a consistência defensiva dos três volantes, a cobertura do lado direito não funcionou. Emerson Santos não é lateral. Carli é lento para sair pros lados. E não é bom no um contra um. O Barcelona escalou Tito Valencia pela esquerda. Aleman no meio. Ayovi (bem assessorado pelo lateral esquerdo Pineida). Um 4-2-3-1. E foi pelo lado direito de defesa do Botafogo que a equipe equatoriana ganhou o jogo.

No primeiro gol, Emerson Santos estava mal posicionado. E Carli não acompanhou Ayovi na velocidade. No segundo, novamente Emerson não estava lá. Com a vantagem, o Barça se posicionou mais atrás. Mas sempre a espera do contra ataque mortal. Foram onze finalizações contra apenas seis do Botafogo. Alguns jogadores estiveram abaixo da média. Pimpão, Guilherme, Sassá.

O alvinegro ainda deu azar. Camilo sentiu a coxa e teve que ser substituído no intervalo. Roger entrou em seu lugar. E nem Jair estava em uma noite inspirada. Ele não foi atuar como centroavante. Se posicionou atrás de Sassá. A criação do time de General Severiano ficou reduzida a praticamente zero. Apenas cruzamentos na área foram finalizados com perigo. Mas em todos o bom, mas espalhafatoso goleiro Banguera estava bem colocado.

A classificação antecipada acabou ficando com o Barcelona. O alvinegro ainda está bem próximo dela. Basta uma vitória em dois jogos. Mas as lições de hoje tem que ser aprendidas. Não se muda a característica de uma equipe do dia para a noite. Um time mais equilibrado defensivamente talvez tivesse obtido um resultado melhor. Não dá pra se querer mais do que se pode ter. O time de melhor contra ataque e mais efetivo da Libertadores não pode se abrir a esse ponto.

Rádio Futbolleiros