Acervo

sexta-feira, 19 de março de 2010

Os jogos de meu acervo- Ano de 1953

Continuando a Série os jogos do meu acervo, hoje vamos falar sobre as partidas que possuo do ano de 1953(infelizmente, não tenho nada de 51 e 52).
E foram dois jogos senscionais, que todos que amam o futebol e principalmente, a evolução tática precisam ver.
Começo falando da final da FA Cup, disputada entre Blackpool e Bolton. Foi um jogaço, a partida terminou empatada em 4x4 e deu gosto ver o veterano ponta-direita do Blackpool, Stanley Mathews, jogando e correndo como um garoto. O detalhe tático da partida fica por conta de ser muit fácil a visualização de que ambas as equipes atuavam no famoso WM(ou 3-2-2-3), criado em 1923, pelo técnico do Arsenal, Herbert Chapman, no ano de 1925.
A outra partida que tenho é simplesmente considerada "The Match of the Century" ou o jogo do século. De um lado a Inglaterra, criadora do futebol, do outro a Hungria(na única partida inteira daquele supertime disponível) e seus craques e intensa movimentação.
Vale muito a pena ver o centroavante recuado Hidegkuti, abrindo espaços para a penetração dos meias Puskas e Kocsis. O que dizer então do incansável centro-médio Boszik, que fazia de tudo um pouco para sua maravilhosa seleção. Também já ficavam claros os buracos e as falhas na defesa húngara, que iriam acabar com o sonho de vencerem a Copa do Mundo da Suiça, no ano posterior.
E o que falar então do golaço marcado por Puskas, quendo com um drible de futsal, ele deixa sentado ninguém mais ninguém menos do que o capitão ingles Billy Wright. Os ingleses também mostraram bom futebol com as bolas nos pés, mas aquela seleção da Hungria parecia imbátivel.
Enfim, um jogaço que amante de bom futebol precisa ver para poder saber ou tentar entender o que foi a genese do futebol total da Holanda de 74. Imperdível.
Espero que tenham gostado de mais esse post, voltarei em breve com a história da Copa do Mundo da Suiça, em 1954. E depois, retomarei essa série, com o ano de 1955, quando comentarei mais jogos do meu acervo. Abraços a todos!

Os jogos do meu acervo- Ano de 1950

Caros amigos, inauguro hoje uma nova série nesse blog que se preocupa em contar e guardar a história do futebol brasileiro e mundial. Depois dos jogos históricos, da história das Copas do Mundo e das grandes conquistas de clubes e seleções, resolvi dar uma passada pelos jogos que tenho em meu acervo, para que o leitor possa saber quais são as raridades que possuo.
E o primeiro ano, é o de 1950. Ano de Copa do Mundo disputada no Brasil. Ano do famoso e trágico Maracanazzo.
Para quem se interessa em saber os detalhes da competição jogada em nosso país, por favor acesse o post sobre ela, aqui mesmo nesse blog.
Em meu acervo(que o comentarista e amigo Mauro Beting costuma chamar do verdadeiro museu do futebol) tenho o áudio de Brasil 6x1 Espanha(são 60 minutos da partida). Nele, inclusive, consegue-se ouvir a torcida presente ao Maracanã cantando Touradas de Madrid.
Já a partida decisiva, entre Brasil e Uruguai, está completa, com narração original de época pela Rádio Nacional. Uma excelente oportunidade para que o leitor possa escutar a partida e, tirar suas próprias conclusões a respeito, desvendando assim mitos e inverdades que possam ter sido passados de geração para geração...
E, para quem gosta de gols, possuo o documentário entitulado Olé Espanha. Realizado pela tv espanhola, tem cerca de 95% dos gols da Copa de 50, além de vários outros lances. Vale a pena para quem(como eu) ama a história do futebol e, especialmente das Copas do Mundo. É um documento imperdível dos tempos romanticos do futebol.
Em breve voltaremos com mais um ano em meu acervo. Abraços a todos!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Campeonato Pan-Americano de 1952- A primeira conquista do Brasil em terras estrangeiras!


O trauma de perder a Copa de 1950 foi tamanho, que somente dois anos depois, a seleção brasileira se reuniu de novo. Desta vez, disputaríamos o Campeonato Pan-Americano, no Chile.
O novo técnico, seria Zezé Moreira, treinador que adotara no Fluminense a marcação por zona. Seu time venceu o Campeonato Carioca de 1951, e ficou conhecido como "timinho", pois levava e fazia poucos gols.
Os convocados pelo treinador para a disputa do certame foram. Castilho(Fluminense), Osvaldo(Botafogo), Cabeção(Corinthians), Arati(Botafogo), Djalma Santos(Portuguesa), Pinheiro(Fluminense), Gérson(Botafogo), Nílton Santos(Botafogo), Bigode(Fluminense), Bauer(São Paulo),Eli(Vasco), Brandãozinho(Portuguesa), Ruarinho(Botafogo), Julinho(Portuguesa), Friaça(Vasco), Didi(Botafogo), Rubens(Flamengo), Baltazar(Corinthians), Ipojucan(Vasco), Ademir Menezes(Vasco), Pinga(Portuguesa), Rodrigues(Palmeiras) e Nívio(Bangu).
Zezé, como se ve, não convocou Zizinho e Jair. Sua justificativa era que precisava de jogadores mais disciplinados taticamente, e não "individualistas" como eram os dois craques.
A estréia da Seleção foi contra o México. Uma partida burocrática. Mas prevaleceu a maior categoria dos brasileiros. Baltazar aos 10 e e aos 26 minutos do segundo tempo, marcou os gols.
Na segunda rodada, o Brasil apenas empatou com o Peru, em 0x0. Foram feitas duras críticas ao time de Zezé.
A goleada sobre a fraca equipe do Panamá, serviu para aliviar um pouco a pressão sobre a seleção. Os gols foram marcados por Baltazar, Rodrigues e Julinho no primeiro tempo. E, Rodrigues e Pinga na segunda etapa. Novamente, o grande destaque do time foi Brandãozinho.
A quarta rodada marcava o reencontro de Brasil e Uruguai. Era a primeira partida entre eles desde a decisão da Copa de 50. A torcida era toda para os Uruguaios, pois uma vitória da Celeste daria o título ao Chile. Julinho seria desfalque da Seleção. E, os uruguaios Abaddie e Durán, expulsos contra o Chile, tiveram suas suspensões revogadas e, puderam atuar contra o Brasil.
Didi e Rodrigues fizeram 2x0 para a Seleção, ainda no primeiro tempo. Nílton Santos anulava completamente Gigghia e Brandãozinho acabava com Abbadie. No começo da segunda etapa, Loureiro diminuiu o placar. Mas Baltazar e Pinga fizeram o Brasil alcançar a goleada. Nos acréscimos, Cancela de penalti, dimnuiu a frustação uruguaia.
Inconformados, os jogadores da Celeste passaram a apelar. Míguez acertou Eli, que revidou. Começou uma briga generalizada, na qual, as testemunhas dizem que a Seleção Brasileira levou a melhor. Estavamos vingados(mesmo que apenas parcialmente) na bola e na briga da derrtota de 50.
Na última rodada, bastava ao Chile um empate para conquistar o Pan-Americano. Para a Seleção Brasileira, somente a vitória interevssava. O time da casa começou melhor, obrigando Castilho a fazer duas grandes defesas. Mas, aos 10 minutos, Ademir marcou o primeiro gol. A partir daí, só deu Brasil. Aos 19, novemente Ademir fez o segundo. Com a vitória praticamente assegurada, a Seleção passou a tocar a bola e fazer o tempo passar. Aos 40 minutos da segunda etapa, Pinga, fez o terceiro e deu números finais a partida.
Essa foi a primeira conquista da Seleção Brasileira fora dos seus domínios. E serviu para que jogadores como Didi, Djalma Santos e Nílton Santos ganhassem a condição de titulares. Era o embrião da equipe que seria campeã do mundo, seis anos depois...
Espero que tenham gostado de mais esse passeio pela história do futebol. Em breve, retornaremos com outros posts. Abraços a todos

Rádio Futbolleiros