Acervo

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Amistoso 68- México Olímpico 2x2 Uruguai


Explicação

A partir de hoje, o blog começa uma série diferente. Farei um misto de trabalho histórico com análises de partodas do meu acervo. Como tenhpo acesso ao acervo do Jornal do Brasil e da Revista Placar (esta a partir de 1970), resolvi unir o útil ao agradável.

Minhe ideia é pegar os jogos do meu acervo, analisá-los no Tactical Pad, fazer o resumo do jogo, quase um lance a lance dos que de melhor aconteceu na partida e, também, usar o Jb e a Placar, para ter um panorama do que a mídia escrevia a respeito na época. e, obviamente, também pretendo presentear os leitores com um compacto da partida em questão.

Iniciarei os trabalhos pelo ano de 1968, com amistosos e alguns jogos da Eurocopa. Obviamente que em 68 e 69, me utilizarei apenas do JB. A partir de 1970, ´citações da Placar estarão presentes por aqui.

A razão de começar pelos preparativos para o Mundial do México é simples e egoísta. Muita gente afirma que foi a melhor de todos os tempos. Portanto, com a ajuda do meu acervo, da Placar e do JB, iremos colocar isso a prova. Quem se habilita a vir comigo nessa viagem pelo tempo?

Pré- jogo

Este amistoso, de 1968, colocava frente a frente os anfitriões da próxima Copa e que portanto já estavam garantidos na competição e a celeste, que preparava-se para as eliminatórias sulamericanas. Além disso, os uruguaios vinham de uma boa campanha na Copa de 66. Será que os times que atuaram naquele dia seriam os mesmos que estariam em campo dois anos mais tarde? Vamos descobrir juntos, a partr de agora.

Jogo

-Ambas as seleções eram bem diferentes das que entrariam em campo na Copa. Os donos da casa tinham apenas Perez e Hernandez. Havia uma explicação para isso. era o time olimpíco que estava em campo. Na época, não havia limite de idade, contudo, se o jogador já tivesse participado de uma Copa do Mundo, ficava impossiblitado de atuar em uma Olmpíada.

-O México chegou a semifinal dos Jogos Olímpicos, mas acabou perdendo para a Bulgária, por 3 a 2. Na disputa do bronze, novo revés mexicano, por 2 a 0, para o Japão.

- A celeste tinha Mazurkiewicz, Montero Castillo, Mujica e Pedro Rocha, dos que seriam titulares e Morales, que fazia parte do grupo.

-O Uruguai apresentou-se taticamente, num 4-3-3, que variava para um 4-2-4, com a bola. Sua linha de trás formada por Mendez, Dalmao, Montero Castillo e Gonzalez. Mujica e Virgilio, eram os meio campistas. Pedro Rocha era quem flutuava entre o ataque e o meio de campo. E o ataque era formado por Ibanez, Silvia e Morales. Não vou me ater muito ao time mexicano, pois não possuo nada no acervo do time olímpico e esta não era a base da equipe que jogaria na Copa.

-Quem começou atacando mais foi o México. Forçando quase sempre as jogadas pelo flanco direito. Entretanto, não conseguiu criar perigo.

-A primeira grande oportunidade foi do time mexicano. Novamente atacando pelo lado direito, Regueiro cruzou, Montero Castillo falhou na interceptação e a bola sobrou para Estrada. O atacante apenas ajeitou para Bustos, que soltou a bomba. O tiro expoldiu no travessão, nas costas d Mazurkiewicz, e não entrou.

-GOL!Aos 17 minutos, saiu o gol do Uruguai. Mostrando toda sua ingenuidade, a zaga do México afastou mal uma bola alta e Virgilio aproveitou a sobra para, de cabeça, abrir o marcador.

- GOL!Nove minutos mais tarde, o México chegou ao empate. Estrada, aberto pela ponta esquerda, cruzou rasteiro para a área. Noavamente, a zaga celeste falhou feio e Bustos teve apenas o trabalho de desviar para as redes.

-A partida era muito concentrada no meio de campo. O entusiasmo da jovem equipe mexicana esbarrava na pouca qualidade. Já o Uruguai, não parecia interessado em correr e se desgastar na altitude da Cidade do México. Esperamos que a segunda etapa seja bem melhor do que a primeira.

-Taticamente, o que mais chamou a atenção nos primeiros 45 minutos foram as inversões dos ponteiros uruguaios. Ibanez, por muitas vezes apareceu pela esquerda, eqnuanto Morales tentava as jogadas no flanco direito. Outro ponto importante, eram as constantes trocas entre Pedro Rocha e Silvia. Sempre um ficava mais adiantado, como atacante de referência e o outro buscava atuar como um meia.



Segundo Tempo

-Em 15 minutos, nada mudou. Ou melhor, a violência passou a fazer parte do jogo. De lado a lado, pegadas mais fortes começaram a acontecer. Mujica e Montero Castillo comandaram a carnificina, pelo lado da celeste.

-O primeiro lance de perigo aconteceu apenas aos 17 minutos. Depois de um tiro de meta cobrado por Mazurkiewicz, Morales ganhou na corrida de Alejandrez e desferiu um forte tiro de canhota, que assustou o goleiro Rodriguez.

-Aos 20, o Uruguai fez sua primeira alteração. Saiu o sumido Pedro Rocha e entrou outro nome que estaria presente na Copa do Mundo, Esparrago.

-Seis minutos mais tarde, Montero Castillo tentou uma bicicleta para afastar a bola da área, mas acabou acertando o mexicano Estrada. Resultado, o atacante do time da casa abriu o supercíclio e teve que ser atendido fora das quatro linhas. Aproveitando a paralisação, nova mexida na celeste. Saiu Silvia e entrou Suvia.

-GOL! Aos 34, Subvia sofreu falta na intermediária ofensiva do Uruguai. Mendez, soltou uma bomba que foi de encontro ao ângulo superior esquerdo de Rodriguez, que nada pode fazer. Golaço! 2 a 1 celeste.

-GOL! Três minutos mais tarde, o México chegou ao empate. Estrada recebeu na meia esquerda, derivou para o meio e deu belo passe para Hernandez que chutou. O tiro saiu cruzado e Bustos apareceu na segunda trave, aparentemente em posição ilegal, para empurrar para as redes. 2 a 2.

-Nervosos com a não marcação do impedimento, os uruguaios perderam a cabeça. Morales foi expulso, aos 40 minutos, por ter agredido o lateral Alejandrez. Na confusão, a partida ficou parada por mais de cinco minutos. Depois disso, quase não houve mais futebol. O Uruguai catimbou o quanto pode, enquanto o México tentou atacar de forma desordenada.

-E assim chegou ao fim uma partida de futebol nada brilhante. Disputada com muita disposição, mas com pouca técnica. O time da casa deve ter ficado feliz com seu desempenho, afinal, era apenas a sua equipe olímpica (não é a toa que acabou em quarto lugar). Já o Uruguai, mesmo bem desfalcado tinha razões de sobra para se preocupar, nem tanto com as eliminatórias para a Copa, já que estava num grupo relativamente tranquilo, junto com Chile e Equador, mas sim com o Mundial propriamente dito.

2 comentários:

  1. Parabéns pela trabalho detalhado sobre este jogo histórico.

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    1. Valeu, Rodrigo. Nós, colecionadores, tinhamos que ser mais valorizados. Afinal, somos os "guardiões da memória", em um país que esquece de tudo rapidamente.

      Abraços!

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