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sábado, 26 de novembro de 2011

Vasco 2x1 Botafogo Carioca 1978




Esta partida foi válida pela terceira rodada do segundo turno. O Flamengo já havia vencido a Taça Guanabara e, portanto, já estava qualificado para a decisão do campeonato.

O Vasco começou com tudo. Em menos de quatro minutos, Guina e Roberto já haviam obrigado o goleiro Zé Carlos a praticar grandes defesas. A defesa alvinegra se postava muito mal. Renê e Osmar não se entendiam. Para completar, Perivaldo estava numa jornada infeliz.

Aos 16, não houve como segurar. Perivaldo cortou mal a bola, que bateu em Guina e sobrou para Dinamite bater fraco. Ramon ainda tentou desviar, mas não a alacançou e ela foi rolando mansamente para o fundo do gol. Era o oitavo gol de Dinamite no campeonato de 78.

A pressão cruzmaltina não diminuia. Marco Antônio e Ramon faziam dois em um contra um já perdido Perivaldo, que ainda não contava com a ajuda de algum volante. Na frente, Mendonça não organizava o time e Dé e Luisinho não se achavam em campo. Nem parecia que o Bota vinha de duas vitórias na competição.

Os laterais alvinegros seguiam sem marcar ninguém. Wilsinho foi a linha de fundo e cruzou. O ponta esquerda Ramon fazia as vezes de centroavante e, sozinho, cabeceou para baixo. A bola caprichosamente bateu no travessão.

Depois de quatro chances claras desperdiçadas, a velha máxima do futebol de quem não faz leva, mostrou-se mais uma verdadeira. Aos Wexley deu grande passe para Dé, que penetrou entre Gaúcho e Marco Antônio e bateu meio prensado com o gramado. A bola subiu mais do que Leão esperava e entrou. O empate era injusto, porém real.

Segundo Tempo
O empate no final da primeira etapa parecia ter motivado o Bota. Perivaldo cobrou um escanteio, Abel a fastou e Gil pegou o reobte de primeira, com a perna ruim (a esquerda) a bola explodiu no travessão de Leão, que nada poderia fazer.

A chance seguinte foi do Vasco, com a ajuda do então árbitro Arnaldo César Coelho. Ele deixou de dar uma falta em Roberto e duas soladas de Marco Antônio. Na sequência, o lateral tricampeão do mundo foi a linha de fundo e cruzou para Ramon, de novo como centroavante, desviar para fora, de dentro da pequena área. O dia realmente parecia que não seria do ponteiro vascaino.

O jogo era mais equilibrado. Dé arrancou pela ponta direita, passou por Gaúcho e cruzou na medida para Luisinho, que tentou acertar o contrapé de Leão, mas mandou a bola para fora.

Mendonça finalmente mostrou toda categoria que tinha. Deu um balão em Paulo Roberto e fez um lançamento de 40 metros para Gil. O ponteiro tentou, de cabeça, encobrir Leão, que estava adiantado. A esta altura, o Botafogo era mais time e já merecia uma sorte melhor.

Mais pressão alvinegra. Depois de cruzamentos de Rodrigues Neto e Dé e da bola afastada por Orlando, Ademir Lobo pegou a sobra e bateu de primeira. A pelota ainda desviou em Abel e passou raspando a meta de um Leão que mancava, com problema no tornozelo direito.

Porém, no último minuto de jogo, outro ditado popular surgiu para dar a vitória ao Vasco. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Assim como levou o gol no fim da primeira etapa, o time de São Januário marcou o seu na etapa complementar. Wilsinho chutou de longe, a bola bateu em Renê e sobrou para Paulinho que errou a primeira conclusão e só conseguiu marcar na segunda. E não haveria tempo para mais nada, pois Arnaldo encerrou a partida.

Depois de 6 chances do Vasco contra 5 do Botafogo e um tempo de domínio claro para cada equipe, o resultado mais justo teria sido o empate.

Curtam abaixo o vídeo com os melhores lances da partida e em breve voltaremos com mais uma partida do campeonato carioca de 1978

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