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domingo, 16 de abril de 2017

Jogos do Fim de Semana- 15 e 16/04 Parte 1 Rio de Janeiro e São Paulo


Vasco 2x0 Botafogo

Vasco campeão da Taça Rio 2017

Uma decisão de Taça Rio esvaziada pela mente imaginativa e perversa dos dirigentes cariocas. Tanto é verdade que o Botafogo entrou em campo com um time praticamente reserva. A exceção foi o volante Bruno Silva. Jair Ventura escalou seus comandados num 4-3-2-1. Mateus Fernandes, Dudu Cearense e Bruno Silva (este saindo mais para o jogo) eram os volantes. Leandrinho centralizado e Guilherme caindo pela esquerda, os meias. Sassá, a referência. Já Milton Mendes mandou o Vasco no seu já tradicional 4-2-3-1. Jean e Douglas na cabeça da área. Pikachu ma direita. Andrezinho na esquerda. Nenê centralizado. Quase como um segundo atacante. Na frente, Luís Fabiano, amparado por um efeito suspensivo.

O primeiro tempo foi todo do time da estrela solitária. Foram três chances criadas. Todas em cruzamentos para a área. O time tinha a bola, passagem do lateral Gilson que combinava com a velocidade de Guilherme. Dessa forma, Gilberto, lateral apoiador do Vasco ficou restrito a marcação. Não houve uma oportunidade sequer para o cruzmaltino nos primeiros 45 minutos.

Na etapa final, a equipe de São Januário adiantou suas linhas de marcação. Começou a ficar mais com a bola. Mesmo sem muita ideia do que fazer com ela. Gilberto se soltou mais e começou a apoiar. A maré parecia ter mudado. Tudo ficou ainda melhor quando Marcelo foi expulso aos 18 minutos. Imediatamente Milton Mendes pôs Guilherme Costa no lugar de Andrezinho. Em seguida, sacou Pikachu e fez entrar Manga Escobar para atuar aberto na esquerda. Guilherme passou para a direita. Buscou amplitude e espaçar a marcação alvinegra. Mas mesmo com conceitos bosn, faltava competência ao Vasco na hora de atacar. Foi um ataque contra defesa. E o gol só saiu aos 41 minutos. Em falha de Igor Rabello que tentou cortar e deu a bola nos pés de Douglas. Aos 47, Luís Fabiano fechou o placar e a festa, marcando seu primeiro tento com camisa vascaína.

Parabéns ao Vasco e a sua torcida. Venceu a Taça Rio quem mais se dedicou a ela. Especialmente nessa fase decisiva, com jogos que nada ou pouco valiam. E era o Vasco quem realmente mais necessitava dessa conquista. Faltava ganhar um clássico. Levantar um caneco. Não falta mais. O time vai com ainda mais moral para a semifinal do campeonato em busca de mais um tricampeonato estadual. Porém, lá irá enfrentar provavelmente adversários completos e com elencos superiores. E também ávidos por agora sim disputarem jogos valendo de verdade.Culpa de nossos cartolas. O cruzmaltino, entretanto, não tem nada a ver com isso.

São Paulo 0x2 Corinthians

Merecida vitória do Corinthians na primeira partida da semifinal do Campeonato Paulista. Num Morumbi com mais de 45.000 pessoas, o tricolor veio no 4-1-4-1. Jucilei atuando entre as linhas. Thiago Mendes e Cueva por dentro. Wellinton Nem e Luiz Araújo nos flancos. Pratto na frente. Uma escalação mais ofensiva. Carrile escalou o timão também no 4-1-4-1. Gabriel era o volante. Rodriguinho e Maycon no meio. Jadson na direita. Romero na esquerda. Jô na referência.

A etapa inicial foi toda do Corinthians. Compacta, marcando muito e aproximando suas linhas o timão deu a bola para o São Paulo. Jogando em casa, a equipe de Rogério Ceni saiu pro jogo. Mas não sabia como furar a marcação. Ainda mais quando perdeu Wellinton Nem lesionado. Cícero entrou em seu lugar e foi atuar por dentro. Cueva foi deslocado para a esquerda e Luis Araújo para a direita. Porém, O tricolor sofria com a má partida de Cueva. Sem ritmo de jogo o peruano errava tudo o que tentava. O alvinegro foi muito mais eficiente. Criou três oportunidades. Marcou duas vezes. Aos 20, Rodriguinho, o melhor em campo passou por dois e achou Jô em posição irregular. O mister clássicos tocou na saída de Renan Ribeiro e fez. Aos 47, novamente Rodriguinho. Ele recebeu de Maycon e arriscou de longe. O tiro saiu forte. Rasteiro. Dois a zero. Justo.

Na volta do intervalo o São Paulo veio com Gilberto no lugar de um apagado Luiz Araújo. Pratto foi obrigado a sair mais da área. Mesmo assim foi melhor jogador do time. Aos quatro, o timão perdeu Jadson, lesionado. Claiton entrou em seu lugar e foi atuar na esquerda, passando Romero para a direita. Lá ele pode dar uma mão a Fágner na marcação a Junior Tavares e Cueva. O tricolor criou três oportunidades de diminuir o marcador. Mas abusou dos cruzamentos. Quase todos errados. O Corinthians se fechou. Marcou muito. Mas ficou sem saída para o contra ataque. Mesmo assim sofreu menos do que o esperado diante da posse de bola do adversário na etapa final.

Em Itaquera e podendo perder por um gol, o timão é ainda mais favorito. Até porque hoje é muito mais equilibrado e tem no sistema defensivo seu ponto forte. Navega em águas calmas. Já o turbulento São Paulo viverá uma semana decisiva. Para o clube e para o seu treinador. Terá que reverter duas desvantagens de dois gols de diferença atuando fora de casa, diante de Cruzeiro e Corinthians. Se conseguir, será fantástico. Caso contrário, Rogério poderá começar a ter seu trabalho questionado. A torcida, impaciente, hoje já vaiou seu time. Será que o mito resite em caso de duas eliminações?

Ponte Preta 3x0 Palmeiras

Um entrou com postura e espírito de decisão. O outro achando que estava disputando uma pelada entre amigos. A Ponte foi intensa e abusada desde o início. Escalada em seu 4-2-3-1, trouxe Fernando Bob e Élton como volantes. Claysson na direita. Lucca na esquerda e Jadson centralizado. Potker era o comandante do ataque. Com menos de um minuto de jogo. Um a zero. E depois de Prass ter operado dois milagres!. Aos sete, o segundo. Coma defesa toda bagunçada. Parecia que era a primeira vez que os jogadores estavam naquele 4-1-4-1. Felipe Melo atuando entre as linhas dava espaços demais. E sozinho não conseguia cobrir todo o campo. William na direita. Tchê Tchê e Guerra por dentro. Dudu na esquerda. Essa linha de quatro além de muito mal tecnicamente demorava a retornar na recomposição defensiva. Borja ficava solitário a frente. Para completar a tragédia o lado esquerdo da defesa formado pelos veteranos Zé Roberto e Edu Dracena sofreu com a velocidade dos adversários. Assim como já sofrera diante do Peñarol. Depois de um período onde a partida ficou nervosa, catimbada e até certo ponto violenta foi por aquele setor que saiu o terceiro gol.

Eduardo Batista poderia ter sacado qualquer um no intervalo. Escolheu tirar Guerra e colocar Michel Bastos. Pouco adiantou. Assim como não fizeram diferença as entradas de Alecsandro e Roger Guedes. O problema era outro. Era de postura. A Ponte voltou fechada, satisfeita com o resultado. E disposta a só ir na boa. Gilson Kleina reorganizou seu time no 4-1-4-1. Até para espelhar o esquema com seu oponente. Fernando Bob ficou mais fixo ainda. Lucca pela esquerda. Élton e Jadson por dentro. Potker pela direita tratavam de bloquear as tentativas do alviverde. E Claysson, o baixinho veloz ficava a espreita de uma oportunidade.

Só que a Ponte tirou demais o pé do acelerador. Talvez satisfeita com o marcador. Tivesse forçado, poderia ter ampliado ainda mais sua vantagem. Tudo bem que teve um pênalti claro não assinalado de Prass em Potker (o outro reclamado, o lance de mão de Mina, eu não teria marcado). A decisão do paulista poderia ter ficado ainda mais próxima.

Para o jogo da volta, a macaca leva o favoritismo. Até porque entrar com a obrigação de tirar a diferença de três gols em 90 minutos é muito complicado. Ainda mais contra uma equipe extremamente organizada e com postura de quem quer mais essa vaga. Claro que o Palmeiras tem qualidade, elenco, torcida e camisa para reverter a situação. Porém, será preciso vontade. Coisa que faltou hoje ao time.


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