quinta-feira, 18 de março de 2010
Campeonato Pan-Americano de 1952- A primeira conquista do Brasil em terras estrangeiras!
O trauma de perder a Copa de 1950 foi tamanho, que somente dois anos depois, a seleção brasileira se reuniu de novo. Desta vez, disputaríamos o Campeonato Pan-Americano, no Chile.
O novo técnico, seria Zezé Moreira, treinador que adotara no Fluminense a marcação por zona. Seu time venceu o Campeonato Carioca de 1951, e ficou conhecido como "timinho", pois levava e fazia poucos gols.
Os convocados pelo treinador para a disputa do certame foram. Castilho(Fluminense), Osvaldo(Botafogo), Cabeção(Corinthians), Arati(Botafogo), Djalma Santos(Portuguesa), Pinheiro(Fluminense), Gérson(Botafogo), Nílton Santos(Botafogo), Bigode(Fluminense), Bauer(São Paulo),Eli(Vasco), Brandãozinho(Portuguesa), Ruarinho(Botafogo), Julinho(Portuguesa), Friaça(Vasco), Didi(Botafogo), Rubens(Flamengo), Baltazar(Corinthians), Ipojucan(Vasco), Ademir Menezes(Vasco), Pinga(Portuguesa), Rodrigues(Palmeiras) e Nívio(Bangu).
Zezé, como se ve, não convocou Zizinho e Jair. Sua justificativa era que precisava de jogadores mais disciplinados taticamente, e não "individualistas" como eram os dois craques.
A estréia da Seleção foi contra o México. Uma partida burocrática. Mas prevaleceu a maior categoria dos brasileiros. Baltazar aos 10 e e aos 26 minutos do segundo tempo, marcou os gols.
Na segunda rodada, o Brasil apenas empatou com o Peru, em 0x0. Foram feitas duras críticas ao time de Zezé.
A goleada sobre a fraca equipe do Panamá, serviu para aliviar um pouco a pressão sobre a seleção. Os gols foram marcados por Baltazar, Rodrigues e Julinho no primeiro tempo. E, Rodrigues e Pinga na segunda etapa. Novamente, o grande destaque do time foi Brandãozinho.
A quarta rodada marcava o reencontro de Brasil e Uruguai. Era a primeira partida entre eles desde a decisão da Copa de 50. A torcida era toda para os Uruguaios, pois uma vitória da Celeste daria o título ao Chile. Julinho seria desfalque da Seleção. E, os uruguaios Abaddie e Durán, expulsos contra o Chile, tiveram suas suspensões revogadas e, puderam atuar contra o Brasil.
Didi e Rodrigues fizeram 2x0 para a Seleção, ainda no primeiro tempo. Nílton Santos anulava completamente Gigghia e Brandãozinho acabava com Abbadie. No começo da segunda etapa, Loureiro diminuiu o placar. Mas Baltazar e Pinga fizeram o Brasil alcançar a goleada. Nos acréscimos, Cancela de penalti, dimnuiu a frustação uruguaia.
Inconformados, os jogadores da Celeste passaram a apelar. Míguez acertou Eli, que revidou. Começou uma briga generalizada, na qual, as testemunhas dizem que a Seleção Brasileira levou a melhor. Estavamos vingados(mesmo que apenas parcialmente) na bola e na briga da derrtota de 50.
Na última rodada, bastava ao Chile um empate para conquistar o Pan-Americano. Para a Seleção Brasileira, somente a vitória interevssava. O time da casa começou melhor, obrigando Castilho a fazer duas grandes defesas. Mas, aos 10 minutos, Ademir marcou o primeiro gol. A partir daí, só deu Brasil. Aos 19, novemente Ademir fez o segundo. Com a vitória praticamente assegurada, a Seleção passou a tocar a bola e fazer o tempo passar. Aos 40 minutos da segunda etapa, Pinga, fez o terceiro e deu números finais a partida.
Essa foi a primeira conquista da Seleção Brasileira fora dos seus domínios. E serviu para que jogadores como Didi, Djalma Santos e Nílton Santos ganhassem a condição de titulares. Era o embrião da equipe que seria campeã do mundo, seis anos depois...
Espero que tenham gostado de mais esse passeio pela história do futebol. Em breve, retornaremos com outros posts. Abraços a todos
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Estavamos vingados fala serio o Brasil só estara
ResponderExcluirquites o dia q vencer o uruguay em 1 final de
copa dentro de Montevideo isso pode ocorrer em
2030.
Com certeza, vingados coisa nenhuma! Quanto à matéria, muito bacana!
ResponderExcluirDidi à época era jogador do Fluminense onde ficou até 1956.
ResponderExcluirParabéns pelo texto muito esclarecedor, na Wikipedia ha a informação errônea que o Zizinho participou da campanhã do Pan Americano de 1952.
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